A estrutura da ponte fortificada (com a torre) de Ucanha localiza-se na freguesia de Ucanha, no concelho de Tarouca, e está classificada como monumento nacional. Ucanha é uma aldeia lindíssima que se põe a jeito para quem a queira fotografar. Desde o casario até às ruelas e à igreja… No entanto, a construção da ponte fortificada (com a torre) é o centro da nossa atenção.
Entre as várias citações alusivas à sua História, transcrevemos a que encontramos na página electrónica do projecto Vale do Varosa, que assenta na criação de uma rede de monumentos abertos de forma integrada à fruição pública: “A primeira configuração deste monumento único deve ter ocorrido na segunda metade do século XII, altura em que esta parcela do território estava vinculada ao Couto do Mosteiro de Salzedas. A ponte encontrava-se à entrada dessa circunscrição e o aglomerado urbano formado em torno dela aparece denominado como Vila da Ponte. O conjunto patrimonial que hoje vemos, todavia, data de época posterior, eventualmente do século XIV, época em que se reconstruiu a ponte e a torre que a tutela.”
Lemos, igualmente, na mesma página electrónica que a “ponte é em duplo cavalete, como foi normal na pontística medieval” e que se encontra “suportada por cinco arcos apontados, sendo o central de vão muito maior, vencendo a largura do leito do rio Varosa”. Assim, os “pés direitos deste arco médio são os únicos a possuir reforço por talhamares”.
O sítio electrónico do projecto Vale do Varosa regista ainda: “Mas a maior originalidade deste monumento é a associação de uma torre à ponte, como forma de proteção e de controlo de pessoas e bens.” “Num mundo feudal, em que as passagens sobre os rios eram poucas, a cobrança de portagem constituía um rendimento adicional (em alguns casos de extrema importância), e é precisamente à luz desse imposto que se deve entender a existência desta torre”, observa-se na nota explicativa, pormenorizando: “Implanta-se do lado do mosteiro de Tarouca e é de planta quadrangular com três pisos, dispondo de dispositivos militares nas quatro faces, concretamente balcões de matacães axiais ao nível do derradeiro andar, complementados por escassas seteiras.”
11/12/2023