(Créditos fotográficos: Albertina Costa)

A estrutura da ponte fortificada (com a torre) de Ucanha localiza-se na freguesia de Ucanha, no concelho de Tarouca, e está classificada como monumento nacional. Ucanha é uma aldeia lindíssima que se põe a jeito para quem a queira fotografar. Desde o casario até às ruelas e à igreja… No entanto, a construção da ponte fortificada (com a torre) é o centro da nossa atenção.

Entre as várias citações alusivas à sua História, transcrevemos a que encontramos na página electrónica do projecto Vale do Varosa, que assenta na criação de uma rede de monumentos abertos de forma integrada à fruição pública: “A primeira configuração deste monumento único deve ter ocorrido na segunda metade do século XII, altura em que esta parcela do território estava vinculada ao Couto do Mosteiro de Salzedas. A ponte encontrava-se à entrada dessa circunscrição e o aglomerado urbano formado em torno dela aparece denominado como Vila da Ponte. O conjunto patrimonial que hoje vemos, todavia, data de época posterior, eventualmente do século XIV, época em que se reconstruiu a ponte e a torre que a tutela.”

Lemos, igualmente, na mesma página electrónica que a “ponte é em duplo cavalete, como foi normal na pontística medieval” e que se encontra “suportada por cinco arcos apontados, sendo o central de vão muito maior, vencendo a largura do leito do rio Varosa”. Assim, os “pés direitos deste arco médio são os únicos a possuir reforço por talhamares”.

O sítio electrónico do projecto Vale do Varosa regista ainda: “Mas a maior originalidade deste monumento é a associação de uma torre à ponte, como forma de proteção e de controlo de pessoas e bens.” “Num mundo feudal, em que as passagens sobre os rios eram poucas, a cobrança de portagem constituía um rendimento adicional (em alguns casos de extrema importância), e é precisamente à luz desse imposto que se deve entender a existência desta torre”, observa-se na nota explicativa, pormenorizando: “Implanta-se do lado do mosteiro de Tarouca e é de planta quadrangular com três pisos, dispondo de dispositivos militares nas quatro faces, concretamente balcões de matacães axiais ao nível do derradeiro andar, complementados por escassas seteiras.”

 (Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)

11/12/2023

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Albertina Costa

Maria Albertina Silva Nogueira Fonseca Costa é licenciada em Serviço Social, pelo Instituto Superior de Serviço Social de Coimbra, com pós-graduações em Intervenção Sistémica, pela Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, e em Proteção de Menores, pelo Centro de Direito da Família da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi cofundadora da Delegação Regional do Centro da Associação de Profissionais de Serviço Social, da qual foi a primeira presidente. Desenvolveu a sua atividade profissional na área da saúde, em vários estabelecimentos no Porto e em Coimbra. Nos últimos anos, trabalhou essencialmente com grávidas e com crianças de risco social. Foi coordenadora de equipa no Hospital dos Covões (Hospital Geral) e na Maternidade Bissaya Barreto, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Nesta última unidade, coordenou o projeto piloto “Nascer Cidadão”, que incentivava os pais a registarem os filhos na Maternidade. Atualmente, é presidente da direção da Sorriso – Associação dos Amigos do Ninho dos Pequenitos, da qual foi cofundadora e a cujos corpos sociais tem pertencido. Em 2015, iniciou formação na área da Fotografia, a que se dedica de modo formal e informal, constituindo uma atividade que a tem motivado nos últimos anos. Observar a realidade que a rodeia e captá-la através da lente tem sido a sua paixão. Com a rubrica “O Meu Olhar”, Albertina Costa traz uma nova perspetiva ao jornal "sinalAberto".

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