
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
Quando entramos em Porto de Mós, somos surpreendidos com o belo castelo altaneiro. As suas características são muito pouco comuns no país, ressaltando a existência de dois torreões, que compõem a fachada principal, encimados por duas cúpulas em forma de pirâmide (ou coruchéus), as quais estão revestidas com cerâmica de cor verde. É também um dos poucos castelos existentes em Portugal com atributos palacianos, sendo visitável.
Inicialmente, foi uma fortaleza de origem muçulmana que, segundo informa o munícipio portomosense, teria “por principal missão o controlo e a vigilância sobre as principais vias que atravessavam o Maciço Calcário Estremenho, ligando o Médio Tejo e a Alta Estremadura”. Sabe-se que teve um papel preponderante no período da conquista cristã (sobretudo, no século XII), nas guerrilhas e incursões contra os Mouros, no contexto do processo de reconquista vindo do Norte, comandado por D. Afonso Henriques.
Ao longo dos tempos, o castelo de Porto de Mós foi objecto de obras relevantes, sofrendo influências militares, góticas e renascentistas, sendo exemplo disso os arcos em ogiva das portas e das janelas. Todo o seu interior está muito bem reabilitado, apresentando-se acessível a pessoas com problemas de mobilidade, o que é uma mais-valia também para os estudantes e públicos com necessidades educativas especiais. No exterior do castelo, apercebemo-nos de que beneficiou das várias campanhas de reconstrução e restauro (principalmente, de 1936 a 1960 e nos anos 90 do século XX), fazendo-o ressurgir e surpreender, como denotam as fotografias que tive a oportunidade de captar.
Refira-se ainda que, em 1910, o castelo de Porto de Mós foi classificado como Monumento Nacional.


05/02/2024