(Créditos fotográficos: Albertina Costa)

Deixámos a costa da ilha das Flores e, a toda a velocidade, seguimos em direcção à ilha do Corvo, com uma paragem inesperada, em alto mar, para avistarmos uns cachalotes que, alegremente, ora emergiam ora imergiam, para contentamento dos passageiros.

Não demorámos muito tempo a chegar ao Corvo, onde já tínhamos à nossa espera uma carrinha de oito lugares que nos levaria, à vez, a visitar a ilha. É com alguma estranheza que nos vamos apercebendo da realidade em que estamos. Há, apenas, uma pequena escola com alunos desde o ensino básico até ao 12.º ano de escolaridade, frequentando neste grau de ensino só um adolescente, com quem travámos conversa. Na comunidade corvina ou corvense, existem os serviços mínimos: o correio, o banco, dois restaurantes (um deles no aeródromo), um café e não há lojas. As unidades hoteleiras são, praticamente, inexistentes, pelo que os turistas recorrem ao alojamento local.

Apesar de ser a ilha mais pequena do arquipélago dos Açores (com 17,21 quilómetros quadrados) e de ter somente 384 habitantes (segundo os resultados dos Censos de 2021), é uma lha muito acolhedora, como tivemos oportunidade de verificar. A agricultura e a criação de gado são as principais actividades económicas e todo o percurso em direcção à Lagoa do Caldeirão, no cimo da montanha vulcânica extinta de Monte Gordo, é a prova disso. A paisagem mostra-se lindíssima, com várias tonalidades de verde e de amarelo, como podemos observar nas fotografias que publicamos.

Na lagoa, com 3,7 quilómetros de perímetro, encontramos várias lagoas e pequenas “ilhotas”, com a agradável particularidade de podermos caminhar até ao fundo, na companhia de várias cabeças de gado ovino. Temos, ainda, a possibilidade de enriquecer a nossa visita local no Centro de Interpretação de Aves Selvagens do Corvo, alojado numa casa típica corvense, onde os visitantes acedem a diversos meios audiovisuais ou a equipamentos multimédia dispondo de conteúdos relacionados com o Parque Natural e com a avifauna dos Açores, o que nos permite ficarmos com uma imagem elucidativa desta pequena ilha, nas suas várias vertentes.

(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)

15/04/2024

Siga-nos:
fb-share-icon

Albertina Costa

Maria Albertina Silva Nogueira Fonseca Costa é licenciada em Serviço Social, pelo Instituto Superior de Serviço Social de Coimbra, com pós-graduações em Intervenção Sistémica, pela Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, e em Proteção de Menores, pelo Centro de Direito da Família da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi cofundadora da Delegação Regional do Centro da Associação de Profissionais de Serviço Social, da qual foi a primeira presidente. Desenvolveu a sua atividade profissional na área da saúde, em vários estabelecimentos no Porto e em Coimbra. Nos últimos anos, trabalhou essencialmente com grávidas e com crianças de risco social. Foi coordenadora de equipa no Hospital dos Covões (Hospital Geral) e na Maternidade Bissaya Barreto, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Nesta última unidade, coordenou o projeto piloto “Nascer Cidadão”, que incentivava os pais a registarem os filhos na Maternidade. Atualmente, é presidente da direção da Sorriso – Associação dos Amigos do Ninho dos Pequenitos, da qual foi cofundadora e a cujos corpos sociais tem pertencido. Em 2015, iniciou formação na área da Fotografia, a que se dedica de modo formal e informal, constituindo uma atividade que a tem motivado nos últimos anos. Observar a realidade que a rodeia e captá-la através da lente tem sido a sua paixão. Com a rubrica “O Meu Olhar”, Albertina Costa traz uma nova perspetiva ao jornal "sinalAberto".

Outros artigos

Share
Instagram