(Créditos fotográficos: Albertina Costa)

Hoje, vamos levar-vos a passear na barragem do Alqueva, perto de Reguengos de Monsaraz, na região alentejana. Na marina do Grande Lago do Alqueva, embarcámos num pequeno barco que nos conduziu, durante uma hora, pela imensidão de um lago artificial que tem cerca de 250 quilómetros quadrados de área (espelho de água) e onde podemos avistar várias ilhas e margens com uma vegetação abundante. Este projecto abrange diversos municípios do Alentejo (Moura, Portel, Mourão, Reguengos de Monsaraz e Alandroal) e alguns da raia espanhola, sendo considerado o maior lago da Europa Ocidental. Se não tivesse havido chuva e um vento frio, poderíamos ter usufruído de uma tarde muito mais agradável.

Toda a estrutura da barragem é monumental no seu tamanho e complexidade. Os primeiros trabalhos foram iniciados em 1976, mas levou vários anos a ser construída, considerando que as obras foram interrompidas em 1978, tendo sido retomadas em 1993. Dois anos depois (em Maio de 1995), os trabalhos foram reiniciados, após um concurso público internacional. Com o fecho das comportas, começou o enchimento da extraordinária albufeira, de forma a assegurar uma reserva de água capaz de satisfazer as necessidades da região.

No meio da albufeira do Alqueva, podemos ainda observar uma plataforma flutuante constituída por 12 mil painéis fotovoltaicos, que já se encontram a produzir energia eléctrica, consistindo na maior central fotovoltaica flutuante da Europa, colocada numa barragem hidroeléctrica. Enquanto barragem em arco, aproveitando as águas do rio Guadiana, junto da localidade de Alqueva, este grande lago artificial tem um enquadramento e uma configuração que não agridem a paisagem, assumindo um desenvolvimento sustentável, como podemos reparar nas fotografias agora publicadas.

(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
 (Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)

06/05/2024

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Albertina Costa

Maria Albertina Silva Nogueira Fonseca Costa é licenciada em Serviço Social, pelo Instituto Superior de Serviço Social de Coimbra, com pós-graduações em Intervenção Sistémica, pela Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, e em Proteção de Menores, pelo Centro de Direito da Família da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi cofundadora da Delegação Regional do Centro da Associação de Profissionais de Serviço Social, da qual foi a primeira presidente. Desenvolveu a sua atividade profissional na área da saúde, em vários estabelecimentos no Porto e em Coimbra. Nos últimos anos, trabalhou essencialmente com grávidas e com crianças de risco social. Foi coordenadora de equipa no Hospital dos Covões (Hospital Geral) e na Maternidade Bissaya Barreto, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Nesta última unidade, coordenou o projeto piloto “Nascer Cidadão”, que incentivava os pais a registarem os filhos na Maternidade. Atualmente, é presidente da direção da Sorriso – Associação dos Amigos do Ninho dos Pequenitos, da qual foi cofundadora e a cujos corpos sociais tem pertencido. Em 2015, iniciou formação na área da Fotografia, a que se dedica de modo formal e informal, constituindo uma atividade que a tem motivado nos últimos anos. Observar a realidade que a rodeia e captá-la através da lente tem sido a sua paixão. Com a rubrica “O Meu Olhar”, Albertina Costa traz uma nova perspetiva ao jornal "sinalAberto".

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