Meu querido Germano,

Gosto de ler o que escreves sobre a cidade do Porto que tanto amas e gosto de acompanhar os teus passeios pela cidade, mas o que mais me fascina em ti, como companheiro desta aventura dos jornais, é a história da descoberta, em 1963, do autor do crime da Rua do Sol, uma história tão apaixonante como um bom folhetim.

Foste tu, trabalhando como jornalista para o Jornal de Noticias, quem descobriu que o Rogério “Sapateiro” (a principal fonte de informação sobre este crime para a polícia e para os jornalistas) era afinal o assassino da proprietária da loja de cabedais da Rua do Sol que todos procuravam. Como já escrevi, a tua imagem de repórter da cidade poderia e deveria inspirar um herói de romances policiais, ao estilo do Pepe Carvalho do Miguel Vasquez Montalván. 

Adiante. Se a memória não me falha, foi por ti que soube que a portuense Rua das Taipas deve o nome a um confinamento antigo consumado por um entaipamento. E não é que este ano, no ainda fresquinho 92.o Concurso das Quadras de São João do Jornal de Noticias apareceu uma quadra, com referências a essa rua, onde és referido – Como diz Silva, Germano: “entaipados, de balão, / Ninguém quer passar o ano / Sem festejar São João”.

Para imagem do postal escolhi a fotografia do júri do 25.o Concurso das Quadras de São João do Jornal de Noticias, o concurso do ano em que nasci em cujo júri esteve o poeta Eugénio de Andrade.

Um “xi”, como tu dizes, do

Júlio Roldão

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Júlio Roldão

É jornalista desde 1977. Nasceu no Porto, em 1953, e estudou em Coimbra, onde passou, nos anos 70, pelo Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC) e pelo Círculo de Artes Plásticas (CAPC), tendo, em 1984, regressado ao Porto, onde vive.

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