Cara dra Teresa Patrício Gouveia,

Sem qualquer sombra de pecado, confesso que esta é a segunda vez que lhe envio um postal. O primeiro seguiu em 1985, há 35 anos, quando a senhora ocupava o cargo de Secretária de Estado da Cultura. Nesse ano, ao serviço do Jornal de Notícias, reportei o Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI) transformando fotografias de espetáculos apresentados no festival em postais endereçados a figuras da Cultura e do Teatro, uma das quais foi precisamente Teresa Patrício Gouveia.

Escolhia-a como destinatária de um desses postais pelo cargo que ocupava mas também pela aparente serenidade que transmitia, imagem que também lhe reconheci quando, mais tarde, foi ministra dos Negócios Estrangeiros. Sem assédio e sem perseguição, direi que esta minha correspondência desmente quaisquer famas de sectarismo com que possam rotular-me – nunca naveguei nas suas águas políticas mas isso não impede que a tenha em elevada conta e que possa mandar-lhe um postal de 35 em 35 anos.

O pretexto para o postal de hoje pode ser o de perguntar como está a candidatura da cidade da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027, iniciativa a que está ligada. Só para desejar que tal candidatura seja ganhadora e contemple todas as propostas consistentes, sem sectarismos.

Surpreendentemente, como há 35 anos,

Júlio Roldão

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Júlio Roldão

É jornalista desde 1977. Nasceu no Porto, em 1953, e estudou em Coimbra, onde passou, nos anos 70, pelo Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC) e pelo Círculo de Artes Plásticas (CAPC), tendo, em 1984, regressado ao Porto, onde vive.

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