Caro João Almeida,

Quando este postal for para o espaço cibernético, o João Almeida estará a recuperar forças, em Itália, no segundo e último dia de descanso da Volta a Itália em Bicicleta. Este é um postal que serve para lhe dar os parabéns pelo seu desempenho nesta prova onde é o camisola amarela há 13 etapas.

Eu sei que a cor da camisola do primeiro classificado na Volta a Itália em Bicicleta não é a amarela e sei que esta volta não se chama volta. A Volta a Itália em Bicicleta chama-se Giro e a camisola do primeiro classificado é a rosa, mas isto pouco importa. O que importa é que o João Almeida está em primeiro lugar o que faz de si um dos maiores ciclistas da actualidade, independentemente do lugar em que termine este Giro 2020.

Espero que vença o Giro, sabendo, no entanto, que defender todos os dias o primeiro lugar numa prova destas é muito difícil. Espero que consiga vencer mas não preciso que isso se concretize para o felicitar. O João Almeida é já um campeão da estrada e merece o nosso reconhecimento pelo seu desempenho como ciclista. Independentemente do lugar em que termine a prova, repito 

O esforço continuado destes dias na defesa da amarela, ou melhor, da camisola rosa, é um exemplo para muita gente. Um exemplo que lhe agradeço neste postal roubado a um cartaz de 1976 de promoção do desporto. Um belo cartaz com o traço inconfundível de António Pimentel.

Muita força e sorte para a última semana do Giro que começa amanhã em Udine.

Um abraço do

Júlio Roldão

(um velho jornalista que gostou muito de ter feito feito uma Volta a Portugal em Bicicleta, nos idos dos anos 80)

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Júlio Roldão

É jornalista desde 1977. Nasceu no Porto, em 1953, e estudou em Coimbra, onde passou, nos anos 70, pelo Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC) e pelo Círculo de Artes Plásticas (CAPC), tendo, em 1984, regressado ao Porto, onde vive.

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