A baixa percentagem de contaminados por COVID-19 em África e a liderança indesejada da Guiné na áfrica lusófona

 A baixa percentagem de contaminados por COVID-19 em África e a liderança indesejada da Guiné na áfrica lusófona

O Centro de Controlo e Previsão de Doenças da União Africana (Africa CDC), em Addis-Abeba, revelou que o continente registava esta terça-feira 88.172 casos de contaminação pelo Coronavírus e 2.834 vítimas mortais, desde o início da pandemia, a 27 de fevereiro. Tais números, que correspondem a cerca de 2% do total mundial, mostram uma reduzida expressão da doença na região, tendo em conta que África concentra 17% da população do globo.

A juventude da população e a sua baixa inserção e contacto com as principais fontes de contaminação estrangeiras são algumas das explicações que têm sido apontadas para a ainda pouca expressão da doença, em África. Onde, aliás, há ainda a registar 33.863 casos de recuperação.

Entretanto, o Africa50, plataforma de investimento fundado pelo Banco Africano de Desenvolvimento e pelos estados africanos, atribuiu um apoio de 300 mil dólares ao AfricaCDC, com o objetivo de adquirir testes e equipamento médico de combate à COVID-19.

Números discrepantes na áfrica lusófona

A Guiné-Bissau lidera a lista dos países da África lusófona com mais casos de infeção.

De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), em Bissau, o total de infetados subiu para 1038 e o número de vítimas mortais é agora de quatro pessoas. Entre os 38 casos entretanto recuperados encontra-se o ministro da Saúde Pública, António Deuna, cujo teste a que foi submetido deu pela segunda vez negativo.

Cabo Verde com 328 casos, São Tomé e Príncipe com 169, Moçambique com 145 e Angola com apenas 50 casos apresentam um cenário bastante diferente daquele que já se vive na Guiné-Bissau, onde a recente campanha e disputa eleitoral, https://www.sinalaberto.pt/coronavirus-agrava-contencioso-politico-na-guine-bissau/, cujo desfecho permanece em aberto, levou a uma secundarização dos planos de prevenção da COVID-19.

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