Dar a mão à palmatória
Quem nunca reconheceu que se enganou? Penso que toda a gente de bom senso, por vezes na vida, tem de dar a mão à palmatória e reconhecer o seu erro. Há quem não concorde com esta afirmação e afirme peremptoriamente: “Eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas!” Mas, para esses, reservo-lhes o meu cepticismo.
A palmatória é um objecto de madeira, irmã da mais sofisticada “menina dos cinco olhos”. A propósito, refira-se que os buracos ou furos serviam para vencer a resistência do ar e para, assim, aumentar a velocidade do golpe e também a dor.
Quem já viu nascer o Sol milhares de vezes deve recordar-se deste objecto de castigo usado pelos professores, como material ou instrumento com fins pedagógicos.
Quem era cábula, fazia as contas erradas ou provocava distúrbios nas aulas lá tinha de pagar pelos seus erros e estender a mão para apanhar umas reguadas.
Hoje, os métodos pedagógicos são outros e a expressão “dar a mão à palmatória” significa, apenas, admitir um erro cometido ou reconhecer que não tem razão. Nada de violência com as criancinhas…
28/07/2022