Dia Mundial do Teatro
- Memorial dos ressuscitáveis para uma política dos sempre vivos

 Dia Mundial do Teatro - Memorial dos ressuscitáveis para uma política dos sempre vivos

Djá i dju nibá u
Rufem os tambores
A dança do sol vai começar

Salve ó tu, Amon-Ré
A mim pertence o ontem e eu conheço o amanhã

Ditirambo canto coral corifeu
Dioniso nos proteja da ordem
A terra estremeceu
Vistam as máscaras de Téspis
A tragédia é uma comédia
A odisseia é uma catarse
Ajax Agamémnon La farse

Antígona Aquiles
Ésquilo Electra
Édipo Medeia
Doze apóstolos na última ceia

Sófocles Eurípedes Prometeu
Bacantes Vespas Suplicantes
Aristófanes Orestes Pílades

Pirgopolinices, o soldado
Elvipedes Trigeu
«Que esperança teria Andrómeda, presa ao rochedo, menos do que poderem as suas lágrimas encantar alguém?»

Djá i dju nibá u
Salve ó tu
Escaravelho fanfarrão

Pathelin, la farce de maître
Commedia dell’arte, Pantaleão
Embarcai no auto da barca do Ruzante
Betia Nhua Alma D. Duardos
São Martinho Índia Farelos
Rubena Vicente
Seleuco Anfitriões
Filodemo Camões

Misantropo Tartufo Avarento
Molière Berenice
Casado à força
Como disse?

O Velho Ciumento

«Ó desgraçada mãe, para que me geraste, se havia de ser tão difícil manter a minha vida!?»
Fedra Racine
Rodogune Cid
Ilusão Cómica
Corneille
Ilhas — dos Escravos da Razão Colonial —
Macbeth Pantalão
Doutor Capitão
Enamorados
Columbina Arlequim
Romeu Julieta
Hamlet Ofélia
Pedro Inês

Estalajadeira Rústicos A Praceta
O Sonho de uma noite de verão
Guerras de Alecrim e Manjerona
Shakespeare Cornucópia
Sombras kabuki Japão

António José da Silva

A Tempestade Otelo
Ricardo III
Vilegiatura Goldoni Algazarra
Fausto, o primeiro
Valentin, A Fanfarra

Seis personagens à procura de… Henrique IV
Que esta manhã improvisamos à tarde
Esta tarde improvisamos à noite
Esta noite improvisa-se
Inácia Sampogneta
Gigantes
Pirandello

Lorca Ionesco
A cantora careca
Strindberg
Dança da Morte
Hedda Ibsen Menina
Inimigo Macha Irina
Olga Vânia Lopákhin
Arkádina
Tréplev Gaivota Tchékhov

A sombra de um franco-atirador
O’Casey Rosas vermelhas
A charrua e as estrelas
Winnie Willie Clov

Uma fala do doutor Hinkfuss

Hamm
Pozzo Lucky
Beckett Rockaby
Not I Not I
What Where Godot

Mãe Coragem e os seus filhos
A coragem da minha mãe

E passo a citar de cor:
«Atravessando o muro vão aqueles
Que, não detendo nada,
Tão-pouco um muro havia de deter.
E o seu fardo depõem
Ante o supremo tribunal das sombras:
O friso e as suas cenas triunfais.
Reparai bem, jurados de além-túmulo:
Há um rei aprisionado de olhar triste,
Uma rainha de olhos delicados
E coxas provocantes,
Um homem com uma cerejeira na mão
E uma cereja na boca,
Um deus gordo e dourado conduzido
Por dois escravos,
Duas virgens com uma tabuleta
E nela os nomes de cinquenta e três cidades,
Um legionário moribundo e erecto
Em saudação ao seu general.
E um cozinheiro segurando um peixe.»
Fim de citação
Brecht

Salve ó tu, Amon-Ré, o mais antigo na Terra
A mim pertence o ontem e eu conheço o amanhã

Look Back in… Hunger
Tabori

Djá i dju nibá u
Djá i dju nibá u
Djá i dju nibá u
Rufem os tambores na noite

Um Homem é Um Homem
Mais Nada Autor Anónimo
Arturo Ui   Shen Té/Shui Ta
Salve ó tu, Amon-Ra
O Círculo de Giz Na República da Felicidade
Crimp Playhouse Bahamas
Combate de negro e de cães
Teatro impossível
Alemães:
Deutsches Theater
Berliner Ensemble
Gorki Theater
Wintergarten

Uma noite na biblioteca

Ubu antes do abate:
«Nada a dizer
E é este o ritmo da loucura»
Não é Artaud?
Não é Sarah Kane?
Não é Maiakovski?

Bernard-Marie Koltès foi um dramaturgo française
Alboury Cal Menino
Max Frisch Heiner Müller
Espaço vazio

Pobre Louise Fuller

Também Sarrazac sonhava com o Eldorado
Lázaro O fim das possibilidades

E rufem os tambores
Djá e dju nibá i djá ê nê ná
Jojo
O Reincidente
Danan
Dorst
Eu, Feuerbach
Eu, Antonin
Eu, Sarah Kane
Eu, Maiakovski E para breve A Chuva
Terra Natal Daniel Keene
Às 19h
Eis-me vindo
Eis que me encontro na barca de Ré
Percorro o lago da Caixa Negra do lado do céu do Norte
Escuto a palavra dos Autores
Ajo de acordo com aquilo que eles fazem
Jubilo quando eles jubilam pelo meu Teatro
Vivo daquilo que eles vivem
Djá i dju nibá u
A dança do sol vai começar


Nota: texto de Henrique Manuel Bento Fialho a partir de uma ideia de Fernando Mora Ramos. Foram usados excertos de “As Magias” (Herberto Helder, Índios Comanches, EUA), “O Livro dos Mortos do Antigo Egipto”, “Arte de Amar” (Ovídeo), “As Vespas” (Aristófanes), “O Julgamento de Lúculo” (Bertolt Brecht), “4:48 Psicose” (Sarah Kane).

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