Indecência ministerial

 Indecência ministerial

Paulo Rangel, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. (portugal.gov.pt)

Disse, recentemente (a 13 de Maio), Paulo Rangel: “Sería muy injusto decir que Israel pretende eliminar el pueblo palestino.” A afirmação do senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros está plasmada na entrevista que deu à jornalista Tereixa Constenla, correspondente do El País, em Portugal.

Tal dito é uma indecência ministerial. Uma ofensa aos milhares de pessoas, crianças incluídas, que o estado-terrorista já matou na Faixa de Gaza.

E é uma canalhice para com todos os palestinianos ameaçados pela fome, pelas bombas e pelos tanques de guerra às ordens do criminoso Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.

Uma indecência que não espanta, se se tiver em linha de conta o cadastro do senhor ministro e as suas espalhafatosas afirmações. Como estas, em Novembro de 2023, na cidade de Madrid, durante uma “manifestação” da extrema-direita, que aqui recordo:

Nota final:  Sugiro ao senhor ministro Paulo Rangel que aceda à entrevista do médico e cirurgião oftalmologista canadiano Yasser Khan, cujo título é “GAZA É O INFERNO NA TERRA”, publicada ontem (quarta-feira, 15 de Maio), no portal SAPO24.

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Nota da Redacção:

No artigo “Sem ambiguidades”, publicado na nossa edição de 08/04/2024, Soares Novais já tinha feito referência à participação do actual ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, na manifestação convocada pela direita e extrema-direita espanholas.

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Nota do Director:

O jornal sinalAberto, embora assuma a responsabilidade de emitir opinião própria, de acordo com o respectivo Estatuto Editorial, ao pretender também assegurar a possibilidade de expressão e o confronto de diversas correntes de opinião, declina qualquer responsabilidade editorial pelo conteúdo dos seus artigos de autor.

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16/05/2024

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Soares Novais

Porto (1954). Jornalista. Tem prosa espalhada por jornais, livros e revistas. “Diário de Notícias”, “Portugal Hoje”, “Record”, “Tal & Qual” e “Jornal de Notícias” (JN) são algumas das publicações onde exerceu o seu ofício [Fonte: “Quem é Quem no Jornalismo”, obra editada pelo Clube de Jornalistas, em 1992]. Assinou e deu voz a crónicas de rádio. Foi delegado sindical e dirigente do Sindicato dos Jornalistas (SJ) [no biénio de 1996/97, sendo a Direcção do SJ presidida por Diana Andringa], da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (AJHLP) e membro do Conselho de Redacção do JN, do qual foi editor-adjunto do “Gabinete de Reportagem” e do “Desporto”. É autor do romance “Português Suave – Cuidado com cão” [1.ª edição “Euroedições”, em 1990; 2.ª edição “Arca das Letras”, em 2004], do livro de crónicas “O Terceiro Anel Já Não Chora Por Chalana”, da peça de teatro “E Tudo o Espírito Santo Levou” e da obra para a infância “A Família da Gata Pintinhas”. É um dos autores portugueses com obra publicada pela Editora Thesaurus, de Brasília. Actualmente, integra a Redacção do jornal digital “sinalAberto”.

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