Mercado aberto

 Mercado aberto

(Créditos fotográficos: Uwe Conrad – Unsplash)

O autoproclamado sujeito anti-sistema e anticorrupção lidera o mercado de transferências dos profissionais do tacho. A estratégia coloca-o na mira dos seus apaniguados, pois, lembram: “[…] sempre disse que era preciso parar de escolher sempre os mesmos. E agora está a ir buscá-los…”

(provolp.ru)

Tal lamento está na última edição do Expresso e, segundo o semanário, é protagonizado por um coordenador concelhio que afirma não perceber como é que “alguém vem de outro partido, acaba de entrar e vai logo para as listas”. “Tinha de começar de baixo, mostrar trabalho e depois ir subindo”, observa.

Para mim, a contratação de tais tachistas, recrutados num dos partidos com mais acusados de corrupção, pode significar uma de duas coisas: o dito já percebeu que não tem jogadores para as jogatanas que anseia, isto é, um lugar à mesa do orçamento dos contribuintes; ou reconhece, simplesmente, que a sua claque apenas serve para agitar bandeiras e berrar.

29/01/2024

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Soares Novais

Porto (1954). Autor, editor, jornalista. Tem prosa espalhada por jornais, livros e revistas. Assinou e deu voz a crónicas de rádio. Foi dirigente do Sindicato dos Jornalistas (SJ) e da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (AJHLP). Publicou o romance “Português Suave” e o livro de crónicas “O Terceiro Anel Já Não Chora Por Chalana”. É um dos autores portugueses com obra publicada na colecção “Livro na Rua”, que é editada pela Editora Thesaurus, de Brasília. Tem textos publicados no "Resistir.info" e em diversos sítios electrónicos da América Latina e do País Basco. É autor da coluna semanal “Sinais de Fogo” no blogue “A Viagem dos Argonautas”. Assina a crónica “Farpas e Cafunés”, na revista digital brasileira “Nós Fora dos Eixos”.

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