Não “vale tudo”!

 Não “vale tudo”!

Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco. (Créditos fotográficos: João Pedro Domingos – linkedin.com)

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, está profundamente errado: num regime democrático, não “vale tudo”!  

A democracia tem regras. E princípios fundamentais, sendo o principal o respeito pela dignidade das pessoas.

A Casa da Democracia não pode ser palco para o circo de feras protagonizado pelo antigo comentador da bola, que Passos Coelho travestiu em arrivista político.

O presidente da Assembleia da República não pode permitir que o artista use a homofobia, a xenofobia e o racismo como armas, alegando – pasme-se! – que não censura os partidos e que todos têm direito à liberdade de expressão.

A deputada socialista Isabel Moreira teve de interromper várias vezes a sua intervenção na Assembleia da República devido aos protestos dos deputados do Chega.  (canal.parlamento.pt)

A liberdade é um Bem, que urge defender. Como fez a deputada Isabel Moreira, ao denunciar: “A chicana do Chega é o delito de opinião dos 50 anos de Abril.” “Ventura, que se finge ofendidíssimo com a opinião do presidente, foi para um debate chamar bandidos e bandidagem a um grupo de pessoas negras”, lembrou.

Aceda, aqui, à intervenção da parlamentar, que os grunhos tentaram calar.

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Nota do Director:

O jornal sinalAberto, embora assuma a responsabilidade de emitir opinião própria, de acordo com o respectivo Estatuto Editorial, ao pretender também assegurar a possibilidade de expressão e o confronto de diversas correntes de opinião, declina qualquer responsabilidade editorial pelo conteúdo dos seus artigos de autor.

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20/05/2024

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Soares Novais

Porto (1954). Jornalista. Tem prosa espalhada por jornais, livros e revistas. “Diário de Notícias”, “Portugal Hoje”, “Record”, “Tal & Qual” e “Jornal de Notícias” (JN) são algumas das publicações onde exerceu o seu ofício [Fonte: “Quem é Quem no Jornalismo”, obra editada pelo Clube de Jornalistas, em 1992]. Assinou e deu voz a crónicas de rádio. Foi delegado sindical e dirigente do Sindicato dos Jornalistas (SJ) [no biénio de 1996/97, sendo a Direcção do SJ presidida por Diana Andringa], da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (AJHLP) e membro do Conselho de Redacção do JN, do qual foi editor-adjunto do “Gabinete de Reportagem” e do “Desporto”. É autor do romance “Português Suave – Cuidado com cão” [1.ª edição “Euroedições”, em 1990; 2.ª edição “Arca das Letras”, em 2004], do livro de crónicas “O Terceiro Anel Já Não Chora Por Chalana”, da peça de teatro “E Tudo o Espírito Santo Levou” e da obra para a infância “A Família da Gata Pintinhas”. É um dos autores portugueses com obra publicada pela Editora Thesaurus, de Brasília. Actualmente, integra a Redacção do jornal digital “sinalAberto”.

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