Obrigado, Jane Birkin!
A londrina Jane Birkin (1946-2023) que era “a mais parisiense das inglesas”, no justo dizer de Anne Hidalgo, presidente da Câmara Municipal de Paris, morreu, ontem (domingo, 16 de Julho), aos 76 anos.
Birkin, que tinha um lugar solar no mundo da cultura, tornou-se notável entre as décadas de 1960 e 1970. Muito por boa culpa da sua relação pessoal e profissional com Serge Gainsbourg (1946-2023), poeta e músico francês, filho de imigrantes judeus-ucranianos.
A relação entre Gainsbourg e Jane Birkin fez nascer “Je T’Aime… Moi Non Plus”, sucesso internacional que motivou críticas do Vaticano e que António Oliveira Salazar proibiu.
“Je T’Aime… Moi Non Plus” é um colossal hino à estética do desejo. E abriu caminho a vários outros discos do dueto. Como “La Décadanse”, por exemplo, que proporcionou momentos de intensa beleza, em que Jane Birkin também dançava e oferecia a sua beleza a um Serge Gainsbourg “conquistado” e “admirado”, sendo perceptível uma verdadeira cumplicidade entre os dois.
Cantora, argumentista, realizadora e actriz, Jane Birkin participou em filmes como “Blow-Up” (em 1966), “A Piscina” (em 1969), “Se D. Juan Fosse Uma Mulher” (em 1973) e “A Filha Pródiga” (em 1981). Também foi modelo e inspirou tendências de moda, como a mala Birkin, produzida pela Hermès.
Veja e ouça, aqui, o “videoclip” ou curta-metragem original (Fontana, 1969) da canção “Je T’Aime… Moi Non Plus”, com Serge Gainsbourg e Jane Birkin.
Pode aceder, também aqui, a uma outra versão da canção “La Décadanse”.
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17/07/2023