“OK!”

 “OK!”

(english-today-online.com)

Há muito boa gente que utiliza “OK” para uma infinidade de fins. Dizem “OK” em vez de “está bem”, para perguntar se perceberam, para concordar ou para afirmar que entenderam e, até, para dizer que estão bem de saúde. É um tique irritante que, felizmente, não tenho: “OK?”

Quanto à proveniência desta expressão, chamemo-la assim, alguns afirmam que teve origem durante a Guerra Civil Americana, em que os militares penduravam tabuletas à entrada das suas tendas ou casernas com o número de baixas ocorridas nesse dia.

(rothbardbrasil.com)

No dia em que não havia baixas, a tabuleta anunciava “0k” (zero killed – zero mortos), o que significava que, naquele conjunto de homens, estava tudo bem. Após o termo da guerra, o hábito passou para a vida civil tendo o “0” (zero) sido transformado na letra “O”.

Porém, outros estudiosos ou curiosos destas matérias afiançam – neste caso, seguindo a página electrónica Ciberdúvidas da Língua Portuguesa – que “OK!” (abreviatura de “okay”) “é a mais popular palavra inglesa e, provavelmente, o empréstimo mais generalizado em todas as línguas”, incluindo o Português.

(Créditos fotográficos: ClassicStock/Corbis – smithsonianmag.com)

Como escreve o jornalista Robert Macpherson (da Agência France Press), “a expressão apareceu pela primeira vez em 1839, no jornal The Boston Morning Post, que na época era um dos diários mais importantes dos Estados Unidos”. O que é confirmado pela Wikipédia, notando que o acrónimo “O.K.” apareceu, pela primeira vez, no dia 23 de Março de 1839, no jornal Boston Morning Post, sendo a autoria atribuída ao seu editor Charles Gordon Greene.

Lemos, igualmente, no “site” Ciberdúvidas que, para Allan Metcalf (considerado “a maior autoridade na história sobre esta palavra em todo o mundo e autor de um livro sobre o tema”), o acrónimo “OK” surgiu como uma abreviação da expressão “oll korrekt”, que derivava de “all correct” (cuja tradução significa “tudo certo”).

(Direitos reservados)

Entre as diferentes e hipotéticas origens, regista ainda o Ciberdúvidas que o jornal Post tinha o costume de usar abreviações, como ng (no go, “não saia”), gt (gone to Texas, “foi para o Texas”) e sp (small potatoes, “batatas pequenas”). Todavia, “a expressão só se terá popularizado, em 1840, quando simpatizantes do candidato presidencial Martin Van Buren, natural da cidade de Kinderhook”, afirmaram que “OK!” se referia a “Old Kinderhook” (Velha Kinderhook).

Martin Van Buren (1782-1862)
(buscabiografias.com)

Se pesquisarmos na Internet, muitas fontes aludem ao acrónimo “OK”. Algumas dessas fontes dizem que resulta da expressão escocesa “och aye”, que significa “sim”. O Dicionário de Inglês Oxford regista que, provavelmente, era uma abreviação do século XIX  de “oll korrect”. Além disso, a Wikipédia propôs uma lista de etimologia “OK” com mais de dez idiomas.

Há também quem considere que “OK!” é “uma expressão cretina”. “É feia à beça, cafona ao extremo”, sublinha o comunicador brasileiro Diogo Arrais, no “site” etimo.com.br, sublinhando a frieza e a impessoalidade inerentes ao seu uso.

Está explicado? Está OK?

Já agora, está tudo OK convosco? OK mesmo? OK.

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06/04/2023

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Vítor Duque Cunha

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