(Créditos fotográficos: Albertina Costa)

Há uns meses, passeámos pela Mata Nacional do Choupal, em Coimbra, de uma forma muito superficial ou imediatista. Cantado por poetas e por escritores e com uma origem que remonta aos finais do século XVIII, associada à necessidade de moderar os efeitos do assoreamento e da, então, abertura de um outro leito do rio Mondego, importa atender à sua história e aos desafios que se avizinham.

Torna-se difícil abordar fotograficamente a sua beleza e diversidade, não só pela extensão como pelos vários trilhos e recantos que a mata nos oferece. Começámos o nosso percurso de manhã, quando o nevoeiro ainda não tinha levantado, mas já se ouvia o cantar melodioso das várias aves que saltitavam de árvore em árvore.

O melhor percurso a experimentarmos parece ser pelos trilhos onde tudo é mais verde, principalmente nesta época, e onde podemos desfrutar o ecossistema das charcas, com os seus nenúfares e o coaxar das rãs. Mas, é junto do rio Mondego que encontramos os corvos-marinhos-de-faces-brancas, até há pouco tempo quase só existentes na orla marítima. Pelos vistos, apaixonaram-se pelas margens do rio e migraram até estas paragens. Instalam-se nos ramos dos plátanos e dos choupos, alternando com mergulhos nas águas fluviais onde buscam o alimento.

Como informa o sítio electrónico Aves de Portugal, estão presentes no nosso país, sobretudo, de Setembro a Abril. “Contudo, alguns imaturos e indivíduos não reprodutores podem ser observados durante a Primavera e o Verão, embora nesta época a espécie seja relativamente rara em Portugal”, regista a mesma página.

As fotografias agora publicadas apenas ilustram uma pequena parte deste “pulmão” da cidade de Coimbra. Por isso, prometemos voltar a tão relevante espaço verde.

(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)

29/07/2024

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Albertina Costa

Maria Albertina Silva Nogueira Fonseca Costa é licenciada em Serviço Social, pelo Instituto Superior de Serviço Social de Coimbra, com pós-graduações em Intervenção Sistémica, pela Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, e em Proteção de Menores, pelo Centro de Direito da Família da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi cofundadora da Delegação Regional do Centro da Associação de Profissionais de Serviço Social, da qual foi a primeira presidente. Desenvolveu a sua atividade profissional na área da saúde, em vários estabelecimentos no Porto e em Coimbra. Nos últimos anos, trabalhou essencialmente com grávidas e com crianças de risco social. Foi coordenadora de equipa no Hospital dos Covões (Hospital Geral) e na Maternidade Bissaya Barreto, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Nesta última unidade, coordenou o projeto piloto “Nascer Cidadão”, que incentivava os pais a registarem os filhos na Maternidade. Atualmente, é presidente da direção da Sorriso – Associação dos Amigos do Ninho dos Pequenitos, da qual foi cofundadora e a cujos corpos sociais tem pertencido. Em 2015, iniciou formação na área da Fotografia, a que se dedica de modo formal e informal, constituindo uma atividade que a tem motivado nos últimos anos. Observar a realidade que a rodeia e captá-la através da lente tem sido a sua paixão. Com a rubrica “O Meu Olhar”, Albertina Costa traz uma nova perspetiva ao jornal "sinalAberto".

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