
(Créditos fotográficos: Albertina Costa)
Há uns meses, passeámos pela Mata Nacional do Choupal, em Coimbra, de uma forma muito superficial ou imediatista. Cantado por poetas e por escritores e com uma origem que remonta aos finais do século XVIII, associada à necessidade de moderar os efeitos do assoreamento e da, então, abertura de um outro leito do rio Mondego, importa atender à sua história e aos desafios que se avizinham.
Torna-se difícil abordar fotograficamente a sua beleza e diversidade, não só pela extensão como pelos vários trilhos e recantos que a mata nos oferece. Começámos o nosso percurso de manhã, quando o nevoeiro ainda não tinha levantado, mas já se ouvia o cantar melodioso das várias aves que saltitavam de árvore em árvore.
O melhor percurso a experimentarmos parece ser pelos trilhos onde tudo é mais verde, principalmente nesta época, e onde podemos desfrutar o ecossistema das charcas, com os seus nenúfares e o coaxar das rãs. Mas, é junto do rio Mondego que encontramos os corvos-marinhos-de-faces-brancas, até há pouco tempo quase só existentes na orla marítima. Pelos vistos, apaixonaram-se pelas margens do rio e migraram até estas paragens. Instalam-se nos ramos dos plátanos e dos choupos, alternando com mergulhos nas águas fluviais onde buscam o alimento.
Como informa o sítio electrónico Aves de Portugal, estão presentes no nosso país, sobretudo, de Setembro a Abril. “Contudo, alguns imaturos e indivíduos não reprodutores podem ser observados durante a Primavera e o Verão, embora nesta época a espécie seja relativamente rara em Portugal”, regista a mesma página.
As fotografias agora publicadas apenas ilustram uma pequena parte deste “pulmão” da cidade de Coimbra. Por isso, prometemos voltar a tão relevante espaço verde.







29/07/2024