“Culambismo” presidencial

(libriantichionline.com)
Considerar um dos candidatos presidenciais como uma “personalidade exemplar”, sob o ponto de “vista ético”, e acérrimo defensor do “interesse público” é, assim, como uma piada de humorista celebrado.

Ou mero exercício de vassalagem conveniente de quem gosta de jogar em vários tabuleiros. Ou, simplesmente, puro acto de culambismo como escreveu Miguel Esteves Cardoso (MEC), no “Último Volume”, livro editado pela Assírio & Alvim (em 2001).
A graxa sempre foi o modo de vida de alguns. “Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele”, como muito bem esclarece MEC.
Tenho conhecido vários engraxadores ao longo da vida. Vi-os trepar pela área da ginástica corporal. Nas redacções dos jornais onde trabalhei. E como profissionais da política. A exemplo de um que integra a lista de Manuel Pizarro à Câmara Municipal do Porto. Foi do Partido Social Democrata, passou a independente, quando quis garantir o tacho; e, agora, integra a lista do Partido Socialista, com Pizarro.

Um pormenor que – pasme-se! – não o impede de integrar a Comissão de Honra do tal candidato com “personalidade exemplar” e acérrimo defensor do “interesse público”. Em Janeiro de 2026, ficará a saber-se se tal jogador apostou no candidato certo…
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07/08/2025