A estupidez artificial

 A estupidez artificial

(Créditos de imagem: Gerd Altmann – Pixabay)

(linkedin.com/in/gustavo-castanheira)

Quando o que parece estar na ordem do dia são todas as questões em torno da chamada inteligência artificial, parece que nos temos esquecido de falar da estupidez artificial. Aquela que é induzida pelas mentiras com que os grandes meios de comunicação social e as redes sociais criam. Aquilo a que chamaram “verdades alternativas” e que, agora, querem já impor como “verdade única sem alternativa”. Aquela que inunda a ficção com o pimba para o povo e um pimba minoritário elitista travestido de modernidade. Aquela que resulta do estímulo da preguiça do pensamento, do adormecimento dos sentimentos e da aceitação da fatalidade. Aquela para que a tal chamada “inteligência artificial”, mesmo ela, é programada.

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04/08/2025

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Jorge Castro Guedes

Com a actividade profissional essencialmente centrada no teatro, ao longo de mais de 50 anos – tendo dirigido mais de mil intérpretes em mais de cem encenações –, repartiu a sua intervenção, profissional e social, por outros mundos: da publicidade à escrita de artigos de opinião, curioso do Ser(-se) Humano com a capacidade de se espantar como em criança. Se, outrora, se deixou tentar pela miragem de indicar caminhos, na maturidade, que só se conquista em idade avançada, o seu desejo restringe-se a partilhar espírito, coração e palavras. Pessimista por cepticismo, cínico interior em relação às suas convicções, mesmo assim, esforça-se por acreditar que a Humanidade sobreviverá enquanto razão de encontro fraterno e bom. Mesmo que possa verificar que as distopias vencem as utopias, recusa-se a deixar que o matem por dentro e que o calem para fora; mesmo que dela só fique o imaginário. Os heróis que viu em menino, por mais longe que esteja desses ideais e ilusões que, noutras partes, se transformaram em pesadelos, impõem-lhe um dever ético, a que chama “serviços mínimos”. Nasceu no Porto em 1954, tem vivido espalhado pelo Mundo: umas vezes “residencialmente”, outras “em viagem”. Tem convicções arreigadas, mas não é dogmático. Porém, se tiver de escolher, no plano das ideias, recusa mais depressa os “pragma” de justificação para a amoralidade do egoísmo e da indiferença do que os “dogma” de bússola ética.

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