A mediocridade como um facto banal

 A mediocridade como um facto banal

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(x.com/ffigueiredo14)

O episódio da troca de bandeiras (da Palestina pela do Sudão) mostra bem ao estado miserável a que chegou o aparelho de Estado. Recordo-me bem que a seguir ao 25 de Abril, mesmo sendo uma ruptura de regime, foi mantido o chefe do protocolo em São Bento, pois não havia ninguém mais bem preparado.

Hoje, pululam incompetentes, vindos das “jotas”, de famílias que trocam favores ou sabe-se lá de quê. É o espelho da incompetência, mas pior: da impunidade da incompetência. Essa é, de todas, a maior crise nacional. Não é de direita, nem de esquerda. É geral. Vivemos a mediocridade como um facto banal.

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Nota da Redacção:

Como explica a jornalista Joana Mourão Carvalho, há diferenças a observar: “A bandeira da Palestina começa com uma faixa horizontal preta, seguida por outra branca e, finalmente, verde. A forma triangular à esquerda é vermelha. Já a bandeira do Sudão também tem um triângulo, mas em verde, acompanhado por faixas horizontais em vermelho (em cima), branco (ao centro) e preto (em baixo).”

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Nota do Director:

O jornal sinalAberto, embora assuma a responsabilidade de emitir opinião própria, de acordo com o respectivo Estatuto Editorial, ao pretender também assegurar a possibilidade de expressão e o confronto de diversas correntes de opinião, declina qualquer responsabilidade editorial pelo conteúdo dos seus artigos de autor.

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25/09/2025

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Jorge Castro Guedes

Com a actividade profissional essencialmente centrada no teatro, ao longo de mais de 50 anos – tendo dirigido mais de mil intérpretes em mais de cem encenações –, repartiu a sua intervenção, profissional e social, por outros mundos: da publicidade à escrita de artigos de opinião, curioso do Ser(-se) Humano com a capacidade de se espantar como em criança. Se, outrora, se deixou tentar pela miragem de indicar caminhos, na maturidade, que só se conquista em idade avançada, o seu desejo restringe-se a partilhar espírito, coração e palavras. Pessimista por cepticismo, cínico interior em relação às suas convicções, mesmo assim, esforça-se por acreditar que a Humanidade sobreviverá enquanto razão de encontro fraterno e bom. Mesmo que possa verificar que as distopias vencem as utopias, recusa-se a deixar que o matem por dentro e que o calem para fora; mesmo que dela só fique o imaginário. Os heróis que viu em menino, por mais longe que esteja desses ideais e ilusões que, noutras partes, se transformaram em pesadelos, impõem-lhe um dever ético, a que chama “serviços mínimos”. Nasceu no Porto em 1954, tem vivido espalhado pelo Mundo: umas vezes “residencialmente”, outras “em viagem”. Tem convicções arreigadas, mas não é dogmático. Porém, se tiver de escolher, no plano das ideias, recusa mais depressa os “pragma” de justificação para a amoralidade do egoísmo e da indiferença do que os “dogma” de bússola ética.

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