Atrás de tempos…
(Créditos fotográficos: DAVIDSON L U N A – Unsplash)
Há coisas em que é a idade que terá a culpa de eu não acompanhar os tempos. Será o caso do modo como olho para as tatuagens por todo o corpo, os piercings na língua ou as rastas no cabelo. Mas esforço-me para aceitar tudo isso na normalidade de terceiros, como um direito igual ao meu: uns gostam, outros não.

Há outras que se é a idade que me impede de compreender, ainda bem que sou velho. Não quero normalizar a falta de compaixão, nem o ódio, nem a perda de identidade por detrás de um avatar. Muito menos o egotismo materialista e não ter princípios para ficar “por cima”. E creio que, daqui a 50 ou a 60 anos, os jovens de então também não irão aceitá-lo. São ciclos. Até lá – e lá não estarei –, o mais que posso fazer é não me viciar nos meus preconceitos, mas manter-me firmemente agarrado aos meus valores. Não troco estes pela própria juventude, eterna que ela fosse para mim.
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31/07/2025