“Camarada Cunhal”

 “Camarada Cunhal”

(oatual.pt)

A notícia sobre a antestreia do filme “Camarada Cunhal” inflamou as redes sociais. Com comentários estúpidos e recheados de ingratidão para com uma figura central no longo e doloroso combate pela Liberdade.

O filme, realizado por Sérgio Graciano e produzido pela Sky Dreams1, tem “um pendor biográfico e histórico” sobre Álvaro Cunhal, bem como acerca da sua prisão e da espectacular fuga do Forte de Peniche, a 3 de Janeiro de 1960.

O filme centra-se, sobretudo, na fuga de Cunhal e de outros militantes comunistas, relevando a tortura a que foi sujeito, a capacidade de mobilização política dentro da prisão e os desenhos e escritos produzidos, que “plasmou em vários cadernos”.

“Camarada Cunhal” é, pois, um filme de “pendor biográfico e histórico”. A obra, feita a partir do livro “Álvaro Cunhal, retrato pessoal e íntimo”, da autoria de Adelino Cunha, publicado pela Editora Desassossego (em 2013), não é uma narrativa teórica sobre o comunismo.

Em 2025, ao completar 20 anos da morte de Álvaro Cunhal, o cinema português estreia “Camarada Cunhal”.(Créditos de imagem: Filipe Feio – ensaio.pt)

Retrata, isso sim,  o episódio da luta contra o regime fascista que mais enfureceu António Oliveira Salazar. Participaram na referida fuga Álvaro Cunhal, Carlos Campos da Costa, Francisco Miguel Duarte, Francisco Martins Rodrigues, Guilherme Costa Carvalho, Jaime Serra, Joaquim Gomes, José Carlos, Pedro dos Santos Soares, Rogério Carvalho e José Alves, militar da Guarda Nacional Republicana. O filme chega às salas de cinema na próxima quinta-feira (dia 24 de Abril).

(sicnoticias.pt)

Nota:

1 – A Sky Dreams produziu, anteriormente, “Soares é fixe” (em 2024) e “Salgueiro Maia — O Implicado” (em 2022), ambos realizados por Sérgio Graciano. Em 2019, a Sky Dreams já tinha produzido o filme “Snu”, de Patrícia Sequeira, no qual é relatada a história de amor entre a fundadora das Publicações Dom Quixote, Snu Abecassis, e o então primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro.

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21/04/2025

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Soares Novais

Porto (1954). Jornalista. Tem prosa espalhada por jornais, livros e revistas. “Diário de Notícias”, “Portugal Hoje”, “Record”, “Tal & Qual” e “Jornal de Notícias” (JN) são algumas das publicações onde exerceu o seu ofício [Fonte: “Quem é Quem no Jornalismo”, obra editada pelo Clube de Jornalistas, em 1992]. Assinou e deu voz a crónicas de rádio. Foi delegado sindical e dirigente do Sindicato dos Jornalistas (SJ) [no biénio de 1996/97, sendo a Direcção do SJ presidida por Diana Andringa], da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (AJHLP) e membro do Conselho de Redacção do JN, do qual foi editor-adjunto do “Gabinete de Reportagem” e do “Desporto”. É autor do romance “Português Suave – Cuidado com cão” [1.ª edição “Euroedições”, em 1990; 2.ª edição “Arca das Letras”, em 2004], do livro de crónicas “O Terceiro Anel Já Não Chora Por Chalana”, da peça de teatro “E Tudo o Espírito Santo Levou” e da obra para a infância “A Família da Gata Pintinhas”. É um dos autores portugueses com obra publicada pela Editora Thesaurus, de Brasília. Actualmente, integra a Redacção do jornal digital “sinalAberto”.

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