“Cerquem o ‘bunker’ de Netanyahu”

O Papa Francisco e Edith Bruck na Casa Santa Marta. (vaticannews.va)
A escritora e poeta judia Edith Bruck não tem dúvidas: “Netanyahu está a provocar um tsunami de anti-semitismo, porque todos identificam judeus com o governo israelita. Mas a maioria dos judeus e israelitas não concorda com o governo de Netanyahu.”
Edith Bruck tem 94 anos e é uma sobrevivente do Holocausto. Nasceu em Budapeste, na Hungria, a 3 de Maio de 1931. A sua família era numerosa e pobre. Aos 13 anos, os nazis levaram-na para o gueto de Budapeste. Seguiram-se Auschwitz, Dachau e Bergen-Belsen.

A escritora sobreviveu aos campos de concentração. Peregrinou pelo Mundo e acabou por radicar-se em Itália, cujo idioma adoptou. É uma intelectual respeitada. Como testemunha a sua recente entrevista ao l’Unità (em 26 de Abril de 2024), intitulada “Eu estava nua, cuspiam em mim e riam. Não os odeio”.
Agora, em declarações ao National Daily, da Nigéria, afirma de forma clara: “O que está a acontecer em Gaza é muito, muito doloroso para mim, e acredito que é o mesmo para todos.” Todavia, Edith Bruck afirma ser necessário que “os israelitas protestem mais”. “Não só ao sábado, mas todos os dias, dia e noite. Cercando Netanyahu e o bunker da esposa. Este é o momento para a rebelião”, observa, adiantando: “É tempo de criar um Estado Palestiniano, tudo mudaria.”
Espero para ver se o assassino tem o descaramento de acusar Edith Bruck de antissemitismo.
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29/05/2025