Esferovite

 Esferovite

(Créditos fotográficos: Nigel Hoare – Unsplash)

Criado e produzido a partir de meados do século passado, a (ou o) esferovite, nome comercial do poliestireno expandido, também conhecido por isopor (em outros países), é um tipo de plástico e um dos muitos derivados do petróleo e do gás natural. É um material espumado, muito leve, branco e eficaz isolante térmico e acústico.

(combipack.pt)

Durante a sua produção, o poliestireno é expandido com vapor de água, formando esférulas brancas (daí o nome de esferovite) susceptíveis de serem aglomeradas e moldadas em blocos que podem ser cortados em placas, na espessura desejada, com o auxílio de um arame metálico quente. Pode ainda ser moldado em volumes, de modo a embalar peças ou aparelhos frágeis.

A esferovite é um produto reciclável, mas que demora dezenas de anos decompor-se, o que gera preocupações ambientais. Tem grande capacidade de absorção de impacto, amolgando-se facilmente. É esponjoso, cheio de ar, muito leve e não absorve água facilmente, o que o torna útil em ambientes húmidos.

(Créditos fotográficos: Jonas Gerlach – Unsplash)

É usada na construção civil em isolamentos térmico e acústico, em paredes, telhados e lajes; em caixas térmicas, para transporte de alimentos, de vacinas ou medicamentos; e em câmaras frigoríficas; assim como em embalagens, na protecção de produtos frágeis, a exemplo de eletrodomésticos, de equipamentos electrónicos, de louças e outros objectos; além de constituir material para a confecção de maquetas, de cenários e de peças decorativas.

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Nota:

O poliestireno é um tipo de plástico abundante e frequente no nosso dia-a-dia, em múltiplas aplicações. É um polímero sintético derivado do estireno (um produto derivado do petróleo) que, ao ser submetido a polimerização, forma este produto. O poliestireno expandido (ou isopor) é muitíssimo leve, com estrutura espumada (cheia de ar), usado para isolamento térmico, em embalagens de protecção e na construção civil. É fácil de moldar, muito bom isolador térmico. É também inflamável, não biodegradável e inimigo do ambiente se não for reciclado.

Por “polimerização” entende-se um processo químico que consiste na união de pequenas moléculas pequenas (monómeros), para formar moléculas maiores (polímeros). Os polímeros podem ser naturais ou sintéticos e estão na base dos plásticos, das borrachas e das fibras sintéticas.

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Nota da Redacção:

– Pode complementar a leitura do presente artigo de opinião de António Galopim de Carvalho com a leitura dos seus artigos “Petroquímica (1)” (de 12 de Maio de 2025), “Petroquímica (2)” (de 15 de Maio de 2025) e “Nylon” (de 22 de Maio de 2025).

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19/06/2025

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A. M. Galopim Carvalho

Professor universitário jubilado. É doutorado em Sedimentologia, pela Universidade de Paris; em Geologia, pela Universidade de Lisboa; e “honoris causa”, pela Universidade de Évora. Escritor e divulgador de Ciência.

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