Finório de Braga
“É importante que o trabalhador tenha noção de quanto custa à empresa”, o autor desta pérola preside à Associação Empresarial do Minho (AEMinho). E é apresentada como um desafio às empresas que, segundo Ramiro Brito, “deverão descrever no recibo de vencimento de cada trabalhador o custo real que este tem”.
Enquanto director executivo (Chief Executive Officer – CEO) de um grupo que “integra várias empresas nos sectores das tecnologias de informação, consult[ad]oria ambiental, sistemas de informação geográfica e de design e comunicação”, o senhor presidente da Comissão Executiva da AEMinho é um patrão à moda antiga. Daqueles que, apesar do custo real, teimam em ter trabalhadores ao seu serviço. Por caridade, já se vê.
Para ele, não são os trabalhadores quem produz a riqueza, mas, sim, ele e todos os outros que fazem o favor de dar emprego àqueles que designam como colaboradores. Apenas lhe faltou aconselhar uma peregrinação ao Santuário do Sameiro, para que aí possam expressar a sua gratidão, não a Deus, mas ao “boss”, por terem direito a um salário. Apesar do custo real…
Natural de Braga e licenciado em Relações Internacionais na Universidade do Minho, o líder é apresentado como um apaixonado por desportos motorizados e que gosta de “socializar, festejar e celebrar” os três anos de vida desta associação “cheia de vida”. Lemos, ainda, o que Ramiro Brito sugere, na sua página do Facebook: “O nosso tradicional ‘sunset’ no fantástico espaço exterior do CCVF. Música, diversão, boa comida e bebida!”
Felizmente, na AEMinho, nem todos pensam como ele. É o caso de José Teixeira, presidente da Mesa da Assembleia Geral daquela entidade e CEO do Grupo DST (dstgroup), que emprega 2700 trabalhadores e actua em vários países do Mundo, regendo-se por outra doutrina, como pode ler e ouvir aqui.
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Nota do Director:
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05/08/2024