Gaza: uma armadilha mortal
(msf.org.pt)
Christopher Lockyear. (swissinfo.ch)
A organização não-governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF) não tem dúvidas: Israel está a fazer uma “limpeza étnica” na Faixa de Gaza. “Vemos sinais claros de limpeza étnica à medida que os Palestinianos são deslocados à força, presos e bombardeados”, denunciou o secretário-geral da organização MSF, Christopher Lockyear.
Intitulado “Gaza: a vida numa armadilha mortal“, o relatório da MSF documenta os “41 ataques contra profissionais da MSF, incluindo ataques aéreos contra estabelecimentos de saúde” e “fogo directo contra comboios humanitários”. A organização foi obrigada a evacuar hospitais e centros de saúde 17 vezes.
Segundo a ONG, o cerco imposto por Israel reduziu drasticamente “a ajuda humanitária, com apenas 37 camiões por dia a serem autorizados a entrar durante Outubro”. Antes do conflito, 500 camiões prestavam a ajuda humanitária diariamente. O norte do território, assevera a MSF, particularmente o campo de Jabalia, tem sofrido uma ofensiva de “extrema violência”.
A MSF denuncia também o bloqueio às evacuações médicas, tendo Israel autorizado apenas “1,6% dos pedidos feitos entre Maio e Setembro deste ano”. A ONG apela “a um cessar-fogo imediato e ao levantamento do cerco para permitir o transporte de ajuda humanitária em quantidade suficiente para as necessidades crescentes” e pede aos “Estados, nomeadamente aos aliados mais próximos, para que acabem com o seu apoio incondicional a Israel”.
de Estado norte-americano,
Vedant Patel. (en.wikipedia.org)
O genocídio levado a cabo pelos Israelitas já provocou a morte de 45 mil pessoas. Metade eram mulheres e crianças. Como sempre acontece, o governo assassino de Netanyahu diz que tais denúncias são “mentiras” e os Estados Unidos da América (USA) apenas reconhecem que há “uma terrível crise humanitária em Gaza”, segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel.
Estão cobertas de sangue as mãos de Benjamin Netanyahu. Tal como as de Biden e as dos congressistas norte-americanos que, em Julho, o aplaudiram de pé. Relembro, a propósito, o tributo dos “democratas” dos USA:
23/12/2024
