Hora de substituir as bravatas retóricas

 Hora de substituir as bravatas retóricas

(mobile.x.com/frarusso)

Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. (britannica.com)

Aguardo com sincera expectativa o que se seguirá relativamente à guerra Rússia-Ucrânia. A serem verdadeiras as informações que vieram a lume, a Rússia terá feito algumas cedências. Serão as bastantes para Volodymyr Zelensky? Ou quais as que aceita? Mas um primeiro passo foi dado.

Por muito que custe admitir (eu também não gosto nada de Donald Trump), foi  quem, efectivamente, conseguiu criar condições para ele. Objectivamente, é inegável. Nas suas derivas e instabilidade, terá suscitado alguma coisa que fez Vladimir Putin recuar.

(lisanews.org)

Esperemos que Zelensky não deite fora esta oportunidade, embora seja natural e expectável que queira mais. Se não houver um caminho para a paz, como certo só temos mais duas coisas: muitos mais ucranianos a morrerem diariamente, bem como russos, embora menos,  e o perigo da guerra se estender à Europa. Que Deus ilumine todos, incluindo os líderes da União Europeia. É a hora de a diplomacia começar a substituir as bravatas retóricas!

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21/08/2025

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Jorge Castro Guedes

Com a actividade profissional essencialmente centrada no teatro, ao longo de mais de 50 anos – tendo dirigido mais de mil intérpretes em mais de cem encenações –, repartiu a sua intervenção, profissional e social, por outros mundos: da publicidade à escrita de artigos de opinião, curioso do Ser(-se) Humano com a capacidade de se espantar como em criança. Se, outrora, se deixou tentar pela miragem de indicar caminhos, na maturidade, que só se conquista em idade avançada, o seu desejo restringe-se a partilhar espírito, coração e palavras. Pessimista por cepticismo, cínico interior em relação às suas convicções, mesmo assim, esforça-se por acreditar que a Humanidade sobreviverá enquanto razão de encontro fraterno e bom. Mesmo que possa verificar que as distopias vencem as utopias, recusa-se a deixar que o matem por dentro e que o calem para fora; mesmo que dela só fique o imaginário. Os heróis que viu em menino, por mais longe que esteja desses ideais e ilusões que, noutras partes, se transformaram em pesadelos, impõem-lhe um dever ético, a que chama “serviços mínimos”. Nasceu no Porto em 1954, tem vivido espalhado pelo Mundo: umas vezes “residencialmente”, outras “em viagem”. Tem convicções arreigadas, mas não é dogmático. Porém, se tiver de escolher, no plano das ideias, recusa mais depressa os “pragma” de justificação para a amoralidade do egoísmo e da indiferença do que os “dogma” de bússola ética.

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