Neste Natal, choro pelo abominável da guerra

 Neste Natal, choro pelo abominável da guerra

Crianças na Faixa de Gaza. (vaticannews.va)

Neste Natal, choro pelo abominável da guerra. Principalmente, quando movida com uma raiva cega e surda, sem poupar crianças, nem doentes nem velhos, nem recursos, fazendo negócio com as armas e “criando oportunidades” com a devastação mundial e o extermínio completo da Vida.

O meu principal pensamento vai para a Terra de Jesus, martirizada pelo ódio, de todos o pior: o que vai contra gentios que não sejam o “nosso”, justamente no sentido inverso da mensagem de Cristo.

E penso que a Cultura e a Arte são o grande instrumento humano ao nosso alcance imediato para, elevando o pensamento e tocando os corações, cumprir a nossa condição espiritual e material, aproximando-nos do Divino.

(Créditos fotográficos: Jonny Gios – Unsplash)

Lembrando Santo Agostinho, não podemos, os que creem, esquecer que “Deus é a Beleza, a Bondade e a Verdade”. Os que o esquecem podem declarar-se crentes. Mas, se o são, são-no incompletamente.

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25/12/2023

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Jorge Castro Guedes

Com a actividade profissional essencialmente centrada no teatro, ao longo de mais de 50 anos – tendo dirigido mais de mil intérpretes em mais de cem encenações –, repartiu a sua intervenção, profissional e social, por outros mundos: da publicidade à escrita de artigos de opinião, curioso do Ser(-se) Humano com a capacidade de se espantar como em criança. Se, outrora, se deixou tentar pela miragem de indicar caminhos, na maturidade, que só se conquista em idade avançada, o seu desejo restringe-se a partilhar espírito, coração e palavras. Pessimista por cepticismo, cínico interior em relação às suas convicções, mesmo assim, esforça-se por acreditar que a Humanidade sobreviverá enquanto razão de encontro fraterno e bom. Mesmo que possa verificar que as distopias vencem as utopias, recusa-se a deixar que o matem por dentro e que o calem para fora; mesmo que dela só fique o imaginário. Os heróis que viu em menino, por mais longe que esteja desses ideais e ilusões que, noutras partes, se transformaram em pesadelos, impõem-lhe um dever ético, a que chama “serviços mínimos”. Nasceu no Porto em 1954, tem vivido espalhado pelo Mundo: umas vezes “residencialmente”, outras “em viagem”. Tem convicções arreigadas, mas não é dogmático. Porém, se tiver de escolher, no plano das ideias, recusa mais depressa os “pragma” de justificação para a amoralidade do egoísmo e da indiferença do que os “dogma” de bússola ética.

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