O veraneante em chamas!
Aqui, neste caso, não pode sequer dizer-se que a crítica e o repúdio têm por base razões partidárias, porquanto, na actual fase política portuguesa, coincidem as formações partidárias que lideram o Governo da República e o Governo Regional da Madeira (GRM).
Dito isto, é evidente a inconsciência inaceitável na recusa do auxílio oferecido pelo Governo da República para combater o incêndio na Madeira. Governar, como neste caso fez a tempo o Governo da República, é antecipar decisões para tomar os melhores caminhos e, perante um mal, minorá-lo e evitar que alastre. Chocante é a prosápia do Governo Regional da Madeira ao recusar o reforço de meios do Continente, porque não era preciso! Era, era. Como se viu.
E se já é, por si, estúpido tal arroubo de “autonomia”, torna-se pior quando são do conhecimento geral (naturalmente, ainda mais na Madeira) a imprevisibilidade dos incêndios na ilha por causa do vento e a dificuldade de combate ao mesmo por causa da sua orografia. Acresce a chocante displicência de o presidente do GRM, Miguel Albuquerque, não interromper férias para estar “in loco”, a tomar decisões fundamentadas e a acompanhar os seus concidadãos e o esforço dos bombeiros, da polícia, da Protecção Civil, das autarquias e da população, quando tudo começou na quarta-feira. Só perante o desastre já sucedido, e o mais que vem, é que interrompe férias?!!!
E, agora, também vai recusar o apoio financeiro do Governo da República para a reconstrução e para a reflorestação?
Não está em causa o dever de todos nós, Portugueses, comparticiparmos. Está em causa a incompetência jactante e inconsciente do “veraneante” Miguel Albuquerque. Se tivesse um pingo de vergonha na cara, demitia-se. Espero que o Partido Social Democrata (PSD) Nacional lhe retire a confiança política. E que o PSD/Madeira se apresse a substituí-lo. O sujeito é uma vergonha, tipo “teddy boy” em férias!
É uma vergonha – e uma tragédia – para a Madeira. Mas, justamente, porque a Madeira também é, obviamente, território nacional, uma vergonha para Portugal, deixando uma visão negativa do nosso país no Mundo.
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Nota do Director:
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19/08/2024