“Os amigos do povo do Porto”

 “Os amigos do povo do Porto”

(porto.pt9

Eles, os candidatos à autarquia do Porto, andam aí. E dão beijinhos, abraços e palmadinhas nas costas, a torto e a direito.

Correm a cidade de ponta a ponta. A pé, como convém. Exibem sorrisos de plástico, visitam os bairros sociais, emborcam “finos” atrás de “finos” e posam para as selfies.

Acontece que só os topo nas ruas em dias assim. Em dias de caça ao voto. Como agora e à boleia das festas sanjoaninas.

(Créditos fotográficos: Andreia Meca – porto.pt)

Para caçarem fazem tudo. Mesmo que exibam a sua paspalhice. Como foi o caso do “pastorinho de Fânzeres” durante o desfile das rusgas.

“À moda do Porto” e “O Porto Somos Nós” são os mais festeiros, os mais ricos e os mais recheados de “vips”. Pese embora a murraça no “Primavera Sound”. E são também centro de acolhimento para alguns dos independentes da treta, que até agora integravam a equipa de Rui Moreira.

Até ao próximo Outono, estes “amigos do povo” vão continuar a sua verborreia. A prometer este mundo e o outro. Depois, finda a romaria, o Porto continuará uma cidade aberta à especulação imobiliária, palco de divertimento para quem a visita e urbe cheia de portuenses sem teto.

A não ser, claro está, que o voto dos tripeiros ponha no olho da rua tais vendilhões. Sejam eles “À moda do Porto” ou “O Porto Somos Nós”.

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Nota do Director:

O jornal sinalAberto, embora assuma a responsabilidade de emitir opinião própria, de acordo com o respectivo Estatuto Editorial, ao pretender também assegurar a possibilidade de expressão e o confronto de diversas correntes de opinião, declina qualquer responsabilidade editorial pelo conteúdo dos seus artigos de autor.

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26/06/2025

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Soares Novais

Porto (1954). Jornalista. Tem prosa espalhada por jornais, livros e revistas. “Diário de Notícias”, “Portugal Hoje”, “Record”, “Tal & Qual” e “Jornal de Notícias” (JN) são algumas das publicações onde exerceu o seu ofício [Fonte: “Quem é Quem no Jornalismo”, obra editada pelo Clube de Jornalistas, em 1992]. Assinou e deu voz a crónicas de rádio. Foi delegado sindical e dirigente do Sindicato dos Jornalistas (SJ) [no biénio de 1996/97, sendo a Direcção do SJ presidida por Diana Andringa], da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (AJHLP) e membro do Conselho de Redacção do JN, do qual foi editor-adjunto do “Gabinete de Reportagem” e do “Desporto”. É autor do romance “Português Suave – Cuidado com cão” [1.ª edição “Euroedições”, em 1990; 2.ª edição “Arca das Letras”, em 2004], do livro de crónicas “O Terceiro Anel Já Não Chora Por Chalana”, da peça de teatro “E Tudo o Espírito Santo Levou” e da obra para a infância “A Família da Gata Pintinhas”. É um dos autores portugueses com obra publicada pela Editora Thesaurus, de Brasília. Actualmente, integra a Redacção do jornal digital “sinalAberto”.

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