Sensacionalismo da comunicação social

 Sensacionalismo da comunicação social

(Créditos fotográficos: Shubham Pawar – Unsplash)

É duplamente chocante e maléfico o sensacionalismo da comunicação social: por aquilo de que faz barulho e procura sangue, mas também pelo que fica por contar, devido a só cobrir o que seja estapafúrdio. O ruído das notícias não confirmadas, extrapoladas ou exageradas abafa a capacidade crítica, o discernimento e a procura da verdade. São balas que matam numa guerra de mentiras e de estupidificação colectiva. É um atentado à inteligência, à sensibilidade e ao próprio gosto. A busca das audiências não desculpa tudo.

 Sociedade do espectáculo. (Créditos de imagem:  Web Terra – redacaonline.com.br)

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Nota do Director:

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29/09/2025

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Jorge Castro Guedes

Com a actividade profissional essencialmente centrada no teatro, ao longo de mais de 50 anos – tendo dirigido mais de mil intérpretes em mais de cem encenações –, repartiu a sua intervenção, profissional e social, por outros mundos: da publicidade à escrita de artigos de opinião, curioso do Ser(-se) Humano com a capacidade de se espantar como em criança. Se, outrora, se deixou tentar pela miragem de indicar caminhos, na maturidade, que só se conquista em idade avançada, o seu desejo restringe-se a partilhar espírito, coração e palavras. Pessimista por cepticismo, cínico interior em relação às suas convicções, mesmo assim, esforça-se por acreditar que a Humanidade sobreviverá enquanto razão de encontro fraterno e bom. Mesmo que possa verificar que as distopias vencem as utopias, recusa-se a deixar que o matem por dentro e que o calem para fora; mesmo que dela só fique o imaginário. Os heróis que viu em menino, por mais longe que esteja desses ideais e ilusões que, noutras partes, se transformaram em pesadelos, impõem-lhe um dever ético, a que chama “serviços mínimos”. Nasceu no Porto em 1954, tem vivido espalhado pelo Mundo: umas vezes “residencialmente”, outras “em viagem”. Tem convicções arreigadas, mas não é dogmático. Porém, se tiver de escolher, no plano das ideias, recusa mais depressa os “pragma” de justificação para a amoralidade do egoísmo e da indiferença do que os “dogma” de bússola ética.

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