Soares Novais: fica a lição de um homem generoso

 Soares Novais: fica a lição de um homem generoso

(Créditos fotográficos: Dmitry Tulupov – Unsplash)

Soares Novais (Porto, 1954-2025)

Hoje, perdemos um amigo e uma das melhores pessoas com quem tivemos o privilégio de conviver e de partilhar ideias. Sempre activo e muito afável, o nosso querido camarada Soares Novais era e continuará a ser, sobretudo nas nossas memórias, uma lição de vida. Lutador incansável pelas causas públicas, estava atento aos usurpadores do Mundo e não se diminuía para denunciar as injustiças e a exploração dos mais frágeis. Fiel aos princípios democráticos e aos valores de cidadania, o Soares Novais é uma referência excepcional na luta pela LIBERDADE, contrariando todas as tendências políticas autoritárias, conservadoras e de inspiração fascista.

A sua escrita jornalística e literária resulta da honestidade com que observava as mulheres e os homens do seu e do nosso tempo e da especial capacidade que dispunha para nos contar os acontecimentos que marcaram as suas vidas. E soube relatar os factos com rigor e exactidão, respeitando a privacidade dos cidadãos, sem enlamear os leitores no sensacionalismo e na dramatização das notícias. Para o nosso querido camarada, não bastava a experiência que acumulou no cosmos dos jornais e da comunicação social, queria mais para todos nós, porque tinha um forte compromisso com a verdade e com a ética jornalística.

A sua morte física surpreendeu-nos. Também a ele que, sem dúvida, esperava outro veredicto.

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Breve nota biográfica de Soares Novais:

Porto (1954-2025). Jornalista. Tem prosa espalhada por jornais, livros e revistas. “Diário de Notícias”, “Portugal Hoje”, “Record”, “Tal & Qual” e “Jornal de Notícias” (JN) são algumas das publicações onde exerceu o seu ofício [Fonte: “Quem é Quem no Jornalismo”, obra editada pelo Clube de Jornalistas, em 1992]. Assinou e deu voz a crónicas de rádio. Foi delegado sindical e dirigente do Sindicato dos Jornalistas (SJ) [no biénio de 1996/97, sendo a Direcção do SJ presidida por Diana Andringa], da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (AJHLP) e membro do Conselho de Redacção do JN, do qual foi editor-adjunto do “Gabinete de Reportagem” e do “Desporto”. É autor do romance “Português Suave – Cuidado com cão” [1.ª edição “Euroedições”, em 1990; 2.ª edição “Arca das Letras”, em 2004], do livro de crónicas “O Terceiro Anel Já Não Chora Por Chalana”, da peça de teatro “E Tudo o Espírito Santo Levou” e da obra para a infância “A Família da Gata Pintinhas”. É um dos autores portugueses com obra publicada pela Editora Thesaurus, de Brasília. Actualmente, integrou a Redacção do jornal digital “sinalAberto”.

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18/09/2025

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Vitalino José Santos

Jornalista, cronista e editor. Licenciado em Ciências Sociais (variante de Antropologia) e mestre em Jornalismo e Comunicação. Oestino (de Torres Vedras) que vive em Coimbra.

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