Um governo coerentemente PSD

 Um governo coerentemente PSD

(© ON Centro)

Sinceramente, não percebo a indignação popular com o fecho das “Urgências” de Ginecologia/Obstetrícia e de Pediatria no último fim-de-semana.

Em boa verdade, tais encerramentos já nem deviam ser notícia. Muito menos estarem plasmados no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

(poligrafo.sapo.pt)

A malta, isso sim, devia estar grata ao governo por estar a ser coerente com os princípios ideológicos que levaram o PSD a votar contra a chamada “Lei Arnaut”, por esta consagrar um SNS “universal e gratuito”.

(economiafinancas.com)

Tal como em 1979, os social-democratas contam agora com o apoio do Partido Popular (CDS-PP), tradicionalmente conhecido por Centro Democrático Social (CDS), que então também votou contra a bizarria de o SNS cuidar de todos os cidadãos. Sem se importar com a guita que cada um tinha ou não na sua algibeira.

(Créditos fotográficos: Luke Chesser – Unsplash)

Sim, eu sei que já houve vários governos do Partido Social Democrata (PSD) depois dessa coisa chata que dá pelo nome de “25 de Abril”. E também sei que nenhum conseguiu os feitos actualmente alcançados pela equipa do bloco operatório liderada pelo doutor Montenegro.

O mérito, meus amigos, cabe-lhe por inteiro. Ele soube escolher a hora certa para cumprir, à risca, as suas instruções. Tenho para mim que, apesar de alguma invejazinha, o doutor Cavaco sorri, agora, de orelha a orelha.

Percebam-no! Finalmente, o país tem um cirurgião à altura de acabar com essa excentricidade que é a de Portugal ter um SNS universal e gratuito.

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Nota do Director:

O jornal sinalAberto, embora assuma a responsabilidade de emitir opinião própria, de acordo com o respectivo Estatuto Editorial, ao pretender também assegurar a possibilidade de expressão e o confronto de diversas correntes de opinião, declina qualquer responsabilidade editorial pelo conteúdo dos seus artigos de autor.

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07/07/2025

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Soares Novais

Porto (1954). Jornalista. Tem prosa espalhada por jornais, livros e revistas. “Diário de Notícias”, “Portugal Hoje”, “Record”, “Tal & Qual” e “Jornal de Notícias” (JN) são algumas das publicações onde exerceu o seu ofício [Fonte: “Quem é Quem no Jornalismo”, obra editada pelo Clube de Jornalistas, em 1992]. Assinou e deu voz a crónicas de rádio. Foi delegado sindical e dirigente do Sindicato dos Jornalistas (SJ) [no biénio de 1996/97, sendo a Direcção do SJ presidida por Diana Andringa], da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (AJHLP) e membro do Conselho de Redacção do JN, do qual foi editor-adjunto do “Gabinete de Reportagem” e do “Desporto”. É autor do romance “Português Suave – Cuidado com cão” [1.ª edição “Euroedições”, em 1990; 2.ª edição “Arca das Letras”, em 2004], do livro de crónicas “O Terceiro Anel Já Não Chora Por Chalana”, da peça de teatro “E Tudo o Espírito Santo Levou” e da obra para a infância “A Família da Gata Pintinhas”. É um dos autores portugueses com obra publicada pela Editora Thesaurus, de Brasília. Actualmente, integra a Redacção do jornal digital “sinalAberto”.

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