Com ou sem refluxo

 Com ou sem refluxo

(Créditos de imagem: Gerd Altmann – Pixabay)

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Que o partido Chega (CH) se abstivesse na votação da condenação do energúmeno do grupo neonazi “Reconquista” que agrediu, covardemente e sem qualquer altercação prévia, o actor Adérito Lopes, já nem espanta. São primos consanguíneos da mesma porca que os abortou num chiqueiro imundo de ténias e cisticercos. Que a Iniciativa Liberal se abstivesse também revela bem que “aquilo” é o CH para “intelectuais”. Come da mesma gamela com talheres dos tios e das tias, sobretudo destas, saídas à pressa de um bordel em Cascais. Que o Centro Democrático Social – Partido Popular também o fizesse, julgo que envergonharia os seus próprios fundadores. Quem se junta ao esterco sai estercado. Arranje as explicações que quiser. Se era por discordância com alguma frase, fazia uma declaração de voto, mas não podia deixar de condenar o inaceitável. Abster-se da condenação da violência reles e de ódio é um vómito. Com ou sem refluxos esofágicos. 

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Nota do Director:

O jornal sinalAberto, embora assuma a responsabilidade de emitir opinião própria, de acordo com o respectivo Estatuto Editorial, ao pretender também assegurar a possibilidade de expressão e o confronto de diversas correntes de opinião, declina qualquer responsabilidade editorial pelo conteúdo dos seus artigos de autor.

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14/07/2025

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Jorge Castro Guedes

Com a actividade profissional essencialmente centrada no teatro, ao longo de mais de 50 anos – tendo dirigido mais de mil intérpretes em mais de cem encenações –, repartiu a sua intervenção, profissional e social, por outros mundos: da publicidade à escrita de artigos de opinião, curioso do Ser(-se) Humano com a capacidade de se espantar como em criança. Se, outrora, se deixou tentar pela miragem de indicar caminhos, na maturidade, que só se conquista em idade avançada, o seu desejo restringe-se a partilhar espírito, coração e palavras. Pessimista por cepticismo, cínico interior em relação às suas convicções, mesmo assim, esforça-se por acreditar que a Humanidade sobreviverá enquanto razão de encontro fraterno e bom. Mesmo que possa verificar que as distopias vencem as utopias, recusa-se a deixar que o matem por dentro e que o calem para fora; mesmo que dela só fique o imaginário. Os heróis que viu em menino, por mais longe que esteja desses ideais e ilusões que, noutras partes, se transformaram em pesadelos, impõem-lhe um dever ético, a que chama “serviços mínimos”. Nasceu no Porto em 1954, tem vivido espalhado pelo Mundo: umas vezes “residencialmente”, outras “em viagem”. Tem convicções arreigadas, mas não é dogmático. Porém, se tiver de escolher, no plano das ideias, recusa mais depressa os “pragma” de justificação para a amoralidade do egoísmo e da indiferença do que os “dogma” de bússola ética.

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