As sondas Voyager: mensageiras estelares da Humanidade

 As sondas Voyager: mensageiras estelares da Humanidade

(Créditos de imagem: Profimedia/Sciencephoto RF – bloghemia.com)

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As sondas Voyager são, essencialmente, as exploradoras mais distantes da Terra. Lançadas em 1977, pela agência espacial norte-americana NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), com o objectivo inicial de estudar os planetas gigantes gasosos, Júpiter e Saturno, elas tornaram-se muito mais do que isso.

(Direitos reservados)

Uma jornada épica

A sonda americana Voyager 1 saiu do Sistema Solar em Agosto de 2012,
mas só algum tempo depois foi possível à NASA confirmar os dados
científicos. Foi o primeiro objecto enviado pelo Homem a alcançar o espaço
interestelar. Encontrava-se, então, a mais de 19 mil milhões de quilómetros
de distância da Terra. (rtp.pt – em 13.09.2013)

Aproveitando um alinhamento planetário raro, as Voyager embarcaram numa jornada que as levou além de Júpiter e de Saturno, chegando a Urano e a Neptuno.

Após completarem sua missão primária, as Voyager continuaram a sua trajectória, deixando o Sistema Solar para trás e entraram no espaço interestelar.

Actualmente, as Voyager são os objectos feitos pelo homem que se encontram mais distantes da Terra, enviando dados valiosos sobre o meio interestelar.

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Por que as Voyager são tão importantes?

As sondas revelaram detalhes fascinantes sobre os planetas gigantes, também acerca das suas luas e dos seus anéis, e em relação aos vulcões activos de Io e dos complexos sistemas de anéis de Saturno.

Cada sonda transporta um disco de ouro, contendo sons da Terra, imagens e mensagens em diversas línguas, na esperança de que, algum dia, seja encontrado por uma civilização extraterrestre.

As Voyager são um símbolo da curiosidade humana e da nossa busca por conhecimento sobre o Universo.

A sonda Voyager foi enviada ao espaço para explorar Júpiter e Saturno. (Créditos fotográficos: iStock – eltiempo.com)

Em resumo, as sondas Voyager são muito mais do que simples máquinas. Elas representam o ápice da exploração espacial da década de 1970 e continuam a surpreender-nos décadas depois do seu lançamento.

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(*) Artigo no âmbito do programa “Cultura, Ciência e Tecnologia na Imprensa”, promovido pela Associação Portuguesa de Imprensa.

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26/09/2024

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António Piedade

Bioquímico e comunicador de Ciência. Publicou centenas de artigos e crónicas de divulgação científica na imprensa portuguesa e 20 artigos em revistas científicas internacionais. É autor de diversos livros de divulgação de Ciência, entre os quais se destacam “Íris Científica” (Mar da Palavra, 2005 – Plano Nacional de Leitura), ”Caminhos de Ciência”, com prefácio de Carlos Fiolhais (Imprensa da Universidade de Coimbra, 2011) e “Diálogos com Ciência” (Trinta Por Uma Linha, 2019 – Plano Nacional de Leitura), também prefaciado por Carlos Fiolhais. Organiza regularmente ciclos de palestras de divulgação científica, a exemplo do já muito popular “Ciência às Seis”, no Rómulo Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra. Profere regularmente palestras de divulgação científica em escolas e outras instituições.

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