Dever ético perante um menor

 Dever ético perante um menor

(Créditos fotográficos: Ryan Stefan – Unsplash)

Para alguns constituirá surpresa, mas é verdade que há uma medida de Donald Trump (de quem divirjo em quase tudo) que me parece de bom-senso (é incrível, mas é mesmo): só permitir operações de mudança de género a maiores de idade.

(Créditos fotográficos: Delia Giandeini/Unsplash; Getty –
facebook.com/HugoGloss )

Eu nem imaginava que pudesse ser feita a menores com consentimento dos pais! Uma decisão tão profunda, sem retorno, não pode ser realizada por decisão de um menor com consentimento dos pais. Ou está tudo doido e uma relação sexual com um adulto é condenável (e pode ser condenada como crime) e mudar de sexo não? Espero que não seja visando – aí opor-me-ei – ser proibida a adultos. Um maior decide o que entender. Um menor não pode. É um dever ético perante o próprio menor.

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Nota do Director:

O jornal sinalAberto, embora assuma a responsabilidade de emitir opinião própria, de acordo com o respectivo Estatuto Editorial, ao pretender também assegurar a possibilidade de expressão e o confronto de diversas correntes de opinião, declina qualquer responsabilidade editorial pelo conteúdo dos seus artigos de autor.

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25/09/2025

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Jorge Castro Guedes

Com a actividade profissional essencialmente centrada no teatro, ao longo de mais de 50 anos – tendo dirigido mais de mil intérpretes em mais de cem encenações –, repartiu a sua intervenção, profissional e social, por outros mundos: da publicidade à escrita de artigos de opinião, curioso do Ser(-se) Humano com a capacidade de se espantar como em criança. Se, outrora, se deixou tentar pela miragem de indicar caminhos, na maturidade, que só se conquista em idade avançada, o seu desejo restringe-se a partilhar espírito, coração e palavras. Pessimista por cepticismo, cínico interior em relação às suas convicções, mesmo assim, esforça-se por acreditar que a Humanidade sobreviverá enquanto razão de encontro fraterno e bom. Mesmo que possa verificar que as distopias vencem as utopias, recusa-se a deixar que o matem por dentro e que o calem para fora; mesmo que dela só fique o imaginário. Os heróis que viu em menino, por mais longe que esteja desses ideais e ilusões que, noutras partes, se transformaram em pesadelos, impõem-lhe um dever ético, a que chama “serviços mínimos”. Nasceu no Porto em 1954, tem vivido espalhado pelo Mundo: umas vezes “residencialmente”, outras “em viagem”. Tem convicções arreigadas, mas não é dogmático. Porém, se tiver de escolher, no plano das ideias, recusa mais depressa os “pragma” de justificação para a amoralidade do egoísmo e da indiferença do que os “dogma” de bússola ética.

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