O escândalo no teatro noticiado

(Direitos reservados)
É pena que o teatro só tenha direito a tanta cobertura mediática por causa de um caso de alegada predação sexual. A confirmar-se – e os indícios são demasiado fortes para não acreditar que sim –, tem o Estado de intervir aos mais diversos níveis, sendo que a Inspecção-Geral da Educação já o começou. Outros organismos e direcções-gerais, autoridades judiciais e tutelas devem fazê-lo. E quem se sente lesado deve canalizar as queixas para o Ministério Público e demais órgãos competentes. Compreende-se, a ser verdade, uma necessidade de trazer o assunto à praça pública.

Não se entenderia e passaria a ser duvidoso se ficasse por aí. A verdade tem de ser apurada. No interesse de todos. Mas deve lembrar-se que há muita gente séria e competente a fazer o seu trabalho. Os que o fizeram durante décadas e os mais novos que também fazem o seu caminho. Apure-se tudo, nada se oculte e cumpra a comunicação social o seu papel, investigando e informando. Mas, no fim, lembre-se de noticiar depois os trabalhos e as pessoas honestas de dedicação de uma vida inteira e dos que apostam as suas agora para o seu futuro. É o que penso, após instado por muitos a pronunciar-me. Não tenciono voltar ao assunto.
.
………………………….
.
Nota do Director:
O jornal sinalAberto, embora assuma a responsabilidade de emitir opinião própria, de acordo com o respectivo Estatuto Editorial, ao pretender também assegurar a possibilidade de expressão e o confronto de diversas correntes de opinião, declina qualquer responsabilidade editorial pelo conteúdo dos seus artigos de autor.
.
25/09/2025