Bandeira palestiniana censurada

 Bandeira palestiniana censurada

A bandeira da Palestina foi hasteada, pela primeira vez na História, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, a 30 de Setembro de 2015, após a aprovação da resolução da Assembleia Geral da ONU para erguer as bandeiras dos seus Estados observadores não-membros. (© ONU Brasil)

Agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e assistentes de recinto desportivo obrigaram a retirar uma bandeira da Palestina e procederam à identificação dos adeptos. A ilegalidade aconteceu durante o jogo entre o Sporting Clube de Braga e a equipa israelita do Maccabi Petas Tikva Softball Club1, na noite de 25 de Julho.

(scbraga.pt)

A bandeira do Estado de Israel empunhada pelos adeptos do Maccabi Petah Tikva F.C. e uma do Uruguai não foram alvo de qualquer acto censório; e quem as segurava não foi identificado. O mesmo não sucedeu a quem exibiu uma bandeira da Palestina, no final do jogo, e se sujeitou a uma intervenção dos agentes da PSP presentes no estádio.

Os elementos policiais e os “seguranças” deviam saber que a Palestina é reconhecida internacionalmente, incluindo pela Organização das Nações Unidas, de que é membro observador, e que tem representação diplomática em Portugal.

(Créditos fotográficos: Ahmed Abu Hameeda – Unsplash)

Exige-se que o governo português condene tal ilegalidade e que apresente um pedido de desculpas ao representante da Palestina no nosso país.

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Nota:

1 – A partida inseriu-se na pré-eliminatória de apuramento da Liga Europa (da UEFA) e teve como palco o Estádio Municipal de Braga, em que a equipa portuguesa venceu por 2-0.

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01/08/2024

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Soares Novais

Porto (1954). Jornalista. Tem prosa espalhada por jornais, livros e revistas. “Diário de Notícias”, “Portugal Hoje”, “Record”, “Tal & Qual” e “Jornal de Notícias” (JN) são algumas das publicações onde exerceu o seu ofício [Fonte: “Quem é Quem no Jornalismo”, obra editada pelo Clube de Jornalistas, em 1992]. Assinou e deu voz a crónicas de rádio. Foi delegado sindical e dirigente do Sindicato dos Jornalistas (SJ) [no biénio de 1996/97, sendo a Direcção do SJ presidida por Diana Andringa], da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (AJHLP) e membro do Conselho de Redacção do JN, do qual foi editor-adjunto do “Gabinete de Reportagem” e do “Desporto”. É autor do romance “Português Suave – Cuidado com cão” [1.ª edição “Euroedições”, em 1990; 2.ª edição “Arca das Letras”, em 2004], do livro de crónicas “O Terceiro Anel Já Não Chora Por Chalana”, da peça de teatro “E Tudo o Espírito Santo Levou” e da obra para a infância “A Família da Gata Pintinhas”. É um dos autores portugueses com obra publicada pela Editora Thesaurus, de Brasília. Actualmente, integra a Redacção do jornal digital “sinalAberto”.

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