Condensação

(Créditos fotográficos: Devendra Mishra – Unsplash)
Muitas pessoas perguntam porque é que a garrafa de água ou de vinho, ou a lata de Coca Cola, saídas do frigorífico para a mesa, começam a ficar cheias de bolhinhas de água.
A resposta é simples, imediata e chama-se “condensação”.

A condensação, também chamada “liquefação”, corresponde à passagem do estado gasoso para o estado líquido, cedendo calor, ou seja, arrefecendo. É o fenómeno físico inverso da vaporização ou evaporação. Vaporização ou evaporação é o processo em que partículas de uma substância no estado líquido, absorvendo energia (calor), passam ao estado gasoso ou de vapor.
No caso vertente, o vapor de água da atmosfera arrefece e condensa no contacto com a superfície fria das garrafas ou da lata.

Lembremos que a atmosfera terrestre é composta basicamente de uma mistura de gases, sendo 78% de azoto, 21% de oxigénio e, em menores quantidades, vapor de água, dióxido de carbono, árgon e traços de outros gases. Lembremos, ainda, que a humidade do ar é a quantidade de água presente na atmosfera sob forma de vapor, e que varia em relação com o clima e outros factores. Muito elevada nas regiões quentes e húmidas, como acontece na Amazónia, e muitíssimo baixa das regiões ditas áridas, como é o caso no Deserto da Saara.

Hoje, por exemplo, a humidade do ar, em Lisboa, varia entre 51 e 87%. Estes números são valores relativos, pois indicam a quantidade de água existente no ar (humidade absoluta) e a quantidade máxima que poderia haver, à mesma temperatura, no chamado ponto de saturação (100%).
Mais pormenorizadamente, humidade relativa do ar é a relação entre a quantidade de vapor de água presente no ar e a quantidade máxima que ele poderia conter na mesma temperatura, expressa em percentagens (%). Por exemplo, 100% de humidade relativa – o ar está completamente saturado com vapor de água, situação comum em dias chuvosos ou nevoeiros; 50% de humidade relativa – o ar contém metade da quantidade máxima de vapor de água que poderia conter àquela temperatura; menos de 30% de humidade relativa – diz-se que o ar está seco, situação comum em regiões áridas e semiáridas e nos dias de sol intenso, no Verão alentejano.
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Nota da Redacção:
1 – Este artigo pode ser complementado com a leitura dos textos “Atmosfera”, “Planeta de Água”, “Tanta água…” e “Climas e paisagens”, todos da autoria de António Galopim de Carvalho e publicados, respectivamente, nas edições de de 20/11/2023, de 08/04/2024, de 23/06/2024 e de 27/02/2025.
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08/05/2025