Isabel Machado: “Ser completamente genuíno é a melhor sensação do mundo”

 Isabel Machado: “Ser completamente genuíno é a melhor sensação do mundo”

Romancista Isabel Machado (Créditos fotográficos: Teresa Aires)

Isabel Machado foi jornalista e “pivot” de informação em Portugal e em Macau, lecionou Português e Francês nos ensinos básico e secundário, e fez trabalhos de tradução e interpretação simultânea. É autora de seis romances históricos.

“O meu último ano em Macau foi passado já sob administração
chinesa, o que foi também muito interessante de vivenciar”,
afirma Isabel Machado. (Direitos reservados)

sinalAberto – Até 2012, ano em que publicou o seu primeiro livro, era conhecida, sobretudo, por trabalhar na Teledifusão de Macau (TDM) e no Canal Parlamento, na Assembleia da República, em Portugal. Apesar do vínculo administrativo, afetivo e cultural de mais de quatro séculos entre Portugal e Macau, são duas realidades distintas. Como foi viver e trabalhar em Macau durante onze anos? Qual era o sentimento da generalidade dos seus habitantes para com Portugal e os Portugueses, durante o tempo que aí residiu?

Isabel Machado – Viver e trabalhar em Macau foi muito especial para mim. Aqueles onze anos, entre o início de 1989 e o final de 2000, corresponderam ao período de transição da administração portuguesa do território para a administração chinesa, depois de mais de 450 anos. Foi viver a História diariamente. Como jornalista da televisão de Macau, pude acompanhar esse complexo processo muito de perto, o que foi um autêntico privilégio. Havia sentimentos mistos em Macau relativamente a Portugal, uma vez que as três principais comunidades – a comunidade chinesa, a comunidade portuguesa natural de Macau e a comunidade natural de Portugal –, viviam aquele período de forma muito diferente. Se para a comunidade chinesa, maioritária, era uma alegria o “regresso” de Macau à administração chinesa, para os Portugueses, de Macau ou de Portugal, esse momento carregava alguma incerteza, nostalgia também. Mas creio que o sentimento que dominava, apesar de tudo, era de confiança, uma vez que foi um processo muito bem preparado e executado ao longo de muitos anos, sem sobressaltos, apesar das naturais tensões que uma mudança deste tipo sempre provoca, ainda que pontualmente. O meu último ano em Macau foi passado já sob administração chinesa, o que foi também muito interessante de vivenciar.

“São sempre as pessoas que fazem os sítios e as memórias”,
reconhece a romancista Isabel Machado.
(Créditos fotográficos: Pau Storch)

sA – Entretanto, já teve oportunidade de regressar a Macau. Numa entrevista ao jornal Hoje Macau, afirmou haver “uma constância surpreendente […] no mundo português de Macau”. Que mundo português é esse e de que forma se manifesta essa constância, passados cerca de vinte e cinco anos após Macau se ter tornado Região Administrativa Especial da República Popular da China?

IM – Eu disse isso, é verdade. Porém, essa última entrevista foi feita em 2017. Creio que, entretanto, houve muitas transformações no mundo português em Macau, o que não é inteiramente surpreendente. À medida que os anos passam, a influência portuguesa vai ficando mais ténue, impondo-se uma forma de viver mais chinesa. Quando lá voltar, talvez a minha apreciação seja outra. De qualquer forma, voltar a Macau é, para mim, sempre um regresso a casa.

Creio que, quando estamos longe de Portugal durante um período alargado, sentimos as coisas com uma intensidade diferente, seja em relação ao nosso país, ou ao país que nos acolhe. Tendemos a idealizar um pouco Portugal…”, admite Isabel Machado. (Direitos reservados)

sA – Esteve também nos Estados Unidos da América, na Inglaterra e na França, por exemplo. Declarou ao mesmo jornal que são “as pessoas e o que vivemos com elas que fazem os sítios e as memórias”. Sentiu isso em todos os lugares onde morou? É diferente esse sentimento quando se está fora de Portugal?

IM – Sem dúvida, são sempre as pessoas que fazem os sítios e as memórias, pelo menos para mim. Quando recordo qualquer um desses lugares – em França nunca morei, tive uma bolsa de estudo e fiz lá um curso, mas apenas de algumas semanas –, o que me vem à memória são sempre vivências partilhadas com alguém. Creio que, quando estamos longe de Portugal durante um período alargado, sentimos as coisas com uma intensidade diferente, seja em relação ao nosso país, ou ao país que nos acolhe. Tendemos a idealizar um pouco Portugal… A realidade não é sempre tão boa quando regressamos. Por outro lado, o facto de estarmos longe permite criar laços muito profundos com as pessoas que entram na nossa vida nesse contexto. Nunca deixo de me surpreender com a intimidade que se mantém incólume com os amigos que fiz em Macau, por exemplo, alguns dos quais vejo apenas uma vez por ano. Já se passaram quase vinte e quatro anos desde que regressei a Portugal e, no entanto, cada reencontro é uma felicidade absoluta. Mais do que isso, é mesmo como se não tivesse passado tempo nenhum. A intimidade está lá toda, a abertura, a completa sinceridade nas conversas, sem tensão nem necessidade de dançar entre as palavras. Ser completamente genuíno é a melhor sensação do mundo para mim. Sabermos que nos aceitam como somos e sentirmos a liberdade de nos expressarmos plenamente, sabendo que não vamos ser mal interpretados.

“A literatura foi a minha primeira paixão e o que decidi estudar,
o jornalismo veio a seguir. Mas o jornalismo ajuda muito no
método de trabalho, sobretudo durante a longa fase da
pesquisa. Auxilia-nos a separar o trigo do joio, a processar muita
informação”, expressa Isabel Machado. (Direitos reservados)

sA – Ainda na área do jornalismo, em 2003, recebeu um prémio da Fundação Roche e da Liga Portuguesa Contra o Cancro, por uma grande reportagem sobre cancro infantil, publicada na revista LuxWoman. Sendo uma temática tão importante e delicada, o que significou esta distinção relativamente ao trabalho que desenvolveu?

IM – Essa distinção foi uma enorme surpresa e uma enorme honra, em partes iguais. Era a primeira vez que se atribuía esse prémio e, francamente, não estava mesmo à espera de ganhar. Ainda por cima, hesitei em fazer essa reportagem, que foi executada no ano anterior, o prémio só começou a ser atribuído no ano seguinte. Hesitei porque uma criança de quem eu gostava muito tinha perdido a luta contra uma leucemia, anos antes. Porém, foi a própria mãe do António, a Maria da Conceição Pissarra, grande amiga e, na altura, diretora da revista LuxWoman, que me pediu para fazer esse trabalho. Foi um trabalho diferente de todos os outros, não só pela minha experiência pessoal, mas também pelo que encontrei. Nunca esquecerei a coragem daqueles meninos e dos seus pais, os cuidados no IPO de Lisboa, o trabalho da Associação Acreditar. Na altura, em 2002, a Acreditar ainda não tinha a funcionar a casa de apoio aos familiares, que hoje permite que os pais possam estar junto dos filhos enquanto decorrem os internamentos. Os sacrifícios que os pais, vindos de todo o país, faziam para estar junto dos filhos comoveu-me profundamente. É preciso lembrar que muitos tinham de largar empregos e pagar do seu bolso um alojamento em Lisboa. Recordo, particularmente, um pai que dormia no carro há três semanas para visitar a filha todos os dias.

“As cartas são fundamentais e chegaram aos nossos dias muitas cartas de Isabel I e da rainha Vitória, que se encontram nos arquivos britânicos”, informa a escritora Isabel Machado. (Direitos reservados)

sA – Entretanto, o jornalismo deu lugar ao romance histórico. Um género literário em que a ficção se entrelaça com os factos históricos. Sendo licenciada em Letras e tendo trabalhado como jornalista, diria que esta foi uma combinação perfeita? Como metodologia de trabalho, de que forma tirou partido de ambas as áreas?

IM – Em primeiro lugar, foi uma libertação! Voltei às origens. Da contenção do jornalismo, regressei aos estados de alma, aos detalhes… Mas não foi uma transição fácil, tinham sido muitos anos com uma escrita muito mais depurada, o que me levava a escrever, reescrever, voltar a reescrever, nunca estava contente. Mas sinto que este é muito mais o meu registo do que o jornalismo. A literatura foi a minha primeira paixão e o que decidi estudar, o jornalismo veio a seguir. Mas o jornalismo ajuda muito no método de trabalho, sobretudo durante a longa fase da pesquisa. Auxilia-nos a separar o trigo do joio, a processar muita informação, a retirar o essencial e também a escolher uma via de investigação, em detrimento de outras possíveis, de acordo com o caminho que escolhi.

“No romance histórico, também é importante mostrar ao leitor uma
realidade que não conhece, quer sejam lugares, hábitos, vestuário,
alimentação ou celebrações… Nesse sentido, tento ter uma escrita
visual, permitindo ao leitor uma imagem muito nítida do que estou a
narrar”, esclarece Isabel Machado. (Direitos reservados)

sA – “Isabel I de Inglaterra – O Médico Português da Rainha” é o título com que, em 2012, se estreou. Em 2014, lançou“Vitória de Inglaterra – A rainha que amou e ameaçou Portugal”, seguido, em 2015, de “Constança – A princesa traída por Pedro e Inês”. Em 2016, viu editado “A Rainha Santa”, a que se seguiu, em 2021, “Infante D. Pedro – O regente visionário que o poder quis calar” e, por último, em 2023, “Luísa de Gusmão – A rainha espanhola que lutou pela independência de Portugal”. Em todos estes livros transparece uma narrativa extremamente visual, resultado das descrições pormenorizadas e do labor literário, mas também um desenrolar surpreendente de factos históricos. Com alguns destes livros publicados com tão pouco intervalo entre si, como conseguiu fazer tanta e tão diferenciada pesquisa? Exigiu de si muita disciplina manter o rigor histórico?

IM – Só é possível fazer um romance histórico com seriedade se a dedicação for total. Escrevi os primeiros romances com um ritmo de trabalho alucinante, especialmente dois deles, porque dou tanta importância aos factos históricos como à qualidade da escrita. Cada frase é muito pensada, mesmo que pareça simples. A construção das personagens também é dos aspetos mais importantes para mim. Estamos a tratar de pessoas. O romance, histórico ou não, trata especialmente de pessoas, da natureza humana, que é complexa e contraditória. Trabalho muito as personagens, sobretudo a personagem principal, mas não só. Cada uma deve refletir para o leitor, nas ações e nas palavras, o seu carácter particular. Têm de ser figuras sólidas e os diálogos têm de ser credíveis. No romance histórico, também é importante mostrar ao leitor uma realidade que não conhece, quer sejam lugares, hábitos, vestuário, alimentação ou celebrações… Nesse sentido, tento ter uma escrita visual, permitindo ao leitor uma imagem muito nítida do que estou a narrar.

Para Isabel Machado, “só é possível fazer um romance histórico com seriedade se a dedicação for total”. (Direitos reservados)

sA – Nos livros que até agora escreveu, destacam-se principalmente as personagens / figuras históricas femininas. Podemos interpretar essa opção com o propósito de dar a conhecer algumas das mulheres que historicamente se tornaram mais fortes e influentes, num mundo dominado por homens ou acabou por, simplesmente, assim coincidir?

IM – Escolho as figuras segundo vários critérios. Um deles tem sido o de trazer aos leitores uma perspetiva diferente das personagens históricas em questão, ou, simplesmente, dá-las a conhecer, como foi o caso do romance sobre D. Constança, mulher de D. Pedro I, que ficou abafada na memória popular devido à força da história de Pedro e Inês. Tem uma história fascinante e muito sofrida e quase ninguém se lembra dela. Noutros casos, escolho a figura porque a admiro, ou porque me agrada particularmente a época em que viveu. Mas é verdade que gosto muito de descobrir e de fazer descobrir aos leitores figuras femininas, tradicionalmente sempre menos faladas, mesmo que tivessem tido um poder imenso. No caso de Isabel I e da rainha Vitória, quis dar a conhecer a sua surpreendente relação com Portugal, de que nunca se fala. É a História de Portugal a partir da corte de Inglaterra, em dois dos períodos mais fulgurantes da História Mundial.

Palácio de Kensington e a rainha Vitória. Como regista Isabel Machado, na sua página do Facebook, foi aqui que nasceu a rainha Vitória e onde recebeu a notícia de que era a soberana de Inglaterra, por morte do seu tio, William IV. (Direitos reservados)

sA – De entre os títulos que publicou, figuram os nomes de uma rainha espanhola e de duas inglesas. Pelo facto de estas últimas não terem presença física no nosso país, escrever sobre elas envolveu, com certeza, diversas viagens a Inglaterra. Foi um desafio maior escrever sobre elas? Em termos de pesquisa, que documentação teve oportunidade de consultar?

“As cartas são fundamentais e chegaram aos nossos dias muitas
cartas de Isabel I e da rainha Vitória, que se encontram nos
arquivos britânicos. A rainha Vitória era uma escritora
compulsiva de cartas e de diários”, observa Isabel Machado.
(isabelmachado.pt)

IM – Sim, foi um desafio enorme escrever sobre duas mulheres – Isabel I e Vitória de Inglaterra – que são verdadeiros mitos! Por um lado, queria humanizá-las e, como disse, escrever sobre a sua relação pessoal e política com Portugal, que é muito pouco conhecida. Em ambos os casos, foi muito importante libertar-me do temor reverencial que pode existir quando estamos a tratar de figuras muito admiradas. Se sucedesse o contrário, não poderia mostrá-las em toda a sua plena humanidade, cheias de inseguranças, de contradições e de alguns momentos francamente negros! Fui a Inglaterra várias vezes durante a pesquisa para ambos os livros. Há muita documentação sobre estas duas rainhas e estes períodos. As cartas são fundamentais e chegaram aos nossos dias muitas cartas de Isabel I e da rainha Vitória, que se encontram nos arquivos britânicos. A rainha Vitória era uma escritora compulsiva de cartas e de diários. Era uma mulher muito emotiva, muito sensual – verdadeiras surpresas! – e muito direta. Escrevia e dizia rigorosamente tudo o que pensava. Portanto, tive a oportunidade de entrar muito bem no seu pensamento pessoal e político, concretamente também sobre Portugal. Tinha uma relação muito próxima com os reis portugueses, D. Maria II, D. Pedro V, D. Luís e D. Carlos. E as relações entre Portugal e Inglaterra foram muito intensas, para o bom e para o mau, durante este reinado. Quanto a Isabel I, foi também em Inglaterra que descobri que teve um médico e espião português, Rodrigo Lopes, que quase ninguém conhecia em Portugal! Fui por aí e escrevi o romance a duas vozes, digamos assim, atravessando um período muito conturbado da nossa História, que é a perda da independência em 1580: a rainha inglesa protestante e o médico judeu português, o que permitiu viajar por uma grande aventura, numa época muito perigosa na História da Europa.

sA – Apesar de estrangeiras, qualquer uma destas monarcas está interligada à História de Portugal. Vê-se a escrever sobre outras figuras históricas estrangeiras, sem qualquer vínculo a Portugal ou, pelo contrário, esse é um critério obrigatório?

“Se tiver de escolher uma figura dos meus romances com cujas
dificuldades me identifiquei, terei de mencionar o infante D. Pedro.
Este notável Infante das Sete Partidas, filho de D. João I e de D. Filipa
de Lencastre, merece muito ser conhecido pelos Portugueses”, declara
a escritora Isabel Machado. (Direitos reservados)

IM – Não é um critério obrigatório, mas é verdade que me tenho sentido mais atraída por figuras que tenham alguma ligação ao nosso país, sobretudo se é inesperado para o leitor. Gosto de surpreender os leitores com pontes absolutamente inesperadas entre a História de Portugal e a de outros países. Procuro tudo o que posso para fazer essa ligação, nem sempre é fácil de encontrar, mas creio que o resultado tem sido interessante.

sA – Os romances históricos têm a capacidade de humanizar figuras históricas distantes no tempo e no espaço. As personagens, pela sua (des)construção face ao quotidiano, transformam-se em pessoas de “carne e osso”, capazes de nos despertar os mais diversos sentimentos. Dos livros que escreveu, com que personagem ou personagens sentiu maior empatia e porquê?

A respeito de Luísa de Gusmão, a romancista Isabel Machado
refere: “Deu tudo por Portugal, é incompreensível que mal se
fale dela nas escolas!” (Direitos reservados)

IM – Ui, é uma pergunta de resposta difícil! Envolvo-me muito com as figuras históricas que escolho e vivo intensamente cada uma delas. Às vezes, até sou surpreendida por personagens mais secundárias, pelas quais fico profundamente cativada. Porém, se tiver de escolher uma figura dos meus romances com cujas dificuldades me identifiquei, terei de mencionar o infante D. Pedro. Este notável Infante das Sete Partidas, filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, merece muito ser conhecido pelos Portugueses. Foi regente do reino durante nove anos e a sua ambição para transformar Portugal, a frustração que sentia com os continuados vícios do reino, o sonho que não conseguiu cumprir por ter sido atraiçoado pela sua própria família comoveram-me profundamente.

Mais do que isso, incomodou-me constatar que há erros que se repetem ao longo da História de Portugal, que se mantêm, quando as coisas podem ser feitas de outra maneira. No mesmo sentido, refiro também o caso da rainha D. Luísa de Gusmão, nascida espanhola, mas que se tornou determinante para a manutenção da nossa independência nos dificílimos anos depois da Restauração de 1640. Foi regente do reino durante seis anos, depois da morte do marido, D. João IV, e esses anos foram absolutamente decisivos. Deu tudo por Portugal, é incompreensível que mal se fale dela nas escolas! Adorei mesmo escrever sobre ela, porque sou uma devota da Restauração. Devemos-lhe muito estar aqui hoje, num país independente, a falar na nossa maravilhosa língua.

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04/11/2024

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Lurdes Breda

http://www.lurdesbreda.wordpress.com/

Lurdes Breda escreve, sobretudo, para crianças e jovens. É autora de dezenas de obras, algumas das quais integram o Plano Nacional de Leitura e estão editadas em Portugal, no Brasil e em Moçambique. Em 2005, foi distinguida com o Prémio “Mulheres de Valor” e, em 2014, recebeu a Medalha de Mérito Municipal Cultural, em Montemor-o-Velho. Em Maio de 2024, recebeu a “Comenda Dom Pedro II – por honra e mérito do seu trabalho, ligado à educação, cultura e bem-estar social”, atribuído pela Literarte – Associação Internacional de Escritores e Artistas, do Brasil. Em 2021, foi uma das mulheres contempladas no projecto “As Mulheres na Cultura e na Salvaguarda do Património Imaterial da Região Centro”, desenvolvido pela Direcção Regional de Cultura do Centro. Participa em actividades inclusivas e de cidadania, bem como na promoção do livro e da leitura, principalmente, em escolas e em bibliotecas de todo o país.

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