Juntos pelo mesmo “ADN”

(digital.de – Unsplash)
José Manuel de Castro é o advogado do agora famosíssimo deputado Miguel Arruda. O doutor em causa também defende o neonazi Mário Machado. Arruda e Machado são amigos do peito. Tanto que partilham o mesmo causídico e uma amizade cúmplice que levou o, até há dias, deputado do Chega a considerar o mais notável nazi do país como “preso político”.

Foi em Outubro do ano passado. Imediatamente após o líder do Grupo 1143, ter sido condenado a pena de prisão por grunhir no então Twitter a “prostituição forçada das gajas do Bloco”. Sobre Machado e Arruda não vale a pena gastar muita saliva. As cenas protagonizadas por um e por outro espelham eloquentemente aquilo que são. Ambos são filhos dilectos da velha senhora e órfãos inconsoláveis do ditador de Santa Comba Dão. Também o envolvimento de José Manuel de Castro na defesa dos dois artistas está longe de surpreender.
O jurista, com escritório nas imediações do Cemitério do Alto de São João, em Lisboa, é secretário-geral da Alternativa Democrática Nacional (ADN). Cargo em que rendeu outro Castro: Rui da Fonseca e Castro, juiz expulso da magistratura, que lidera “a associação de extrema-direita Habeas Corpus” e que “ficou conhecido pelas suas declarações negacionistas da pandemia de covid-19”.

Para além de terem o mesmo apelido, José Manuel e Rui da Fonseca partilham a mesma visão da sociedade. Durante o seu discurso de posse como secretário-geral do ADN, em Outubro de 2024, o causídico afirmou que “somos livres a pensar e a decidir num mundo cada vez mais proibicionista”. Por tudo o que diz aqui, fica claro: o deputado Arruda e o neonazi Machado não podiam ter melhor defensor. Os três são gente de bem e partilham o mesmo “ADN”…
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27/01/2025